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A importância do seguro para os produtores rurais

07 nov 2023, 14:07 - atualizado em 07 nov 2023, 14:07
seguro rural
Seguro rural: Diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, onde 90% das áreas rurais são seguradas, no Brasil esse percentual está entre 15% e 16%. (Imagem: REUTERS/Pascal Rossignol)

A agricultura é a forma mais antiga de intervenção do ser humano na natureza e tem papel crucial na alimentação global. Não muito tempo atrás, na década de 1990, uma grave crise econômica levou cerca de 32 milhões de brasileiros a uma situação de insegurança alimentar. Como resposta à situação, foram implantadas políticas públicas de fomento à agricultura familiar.

Um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) calculou que pouco mais de 65 milhões de brasileiros, ou quase 30% da população, vivem em situação de insegurança alimentar moderada e grave.

Nesse cenário, os pequenos produtores passaram a representar a possibilidade de oferta de uma variedade de produtos agrícolas fundamentais para abastecer as comunidades e os mercados locais.

Produtores de verduras, frutas, legumes, grãos e cereais, esses produtores são empreendedores que geram empregos, promovem o desenvolvimento econômico das áreas rurais e ajudam a preservar tradições e práticas agrícolas sustentáveis. Isso ajuda a reduzir a dependência da monocultura, que, muitas vezes, fica suscetível a pragas, doenças e fatores climáticos.

Nesse ponto chamo a atenção para a importância do seguro rural, instrumento de política agrícola, que desempenha papel importantíssimo na proteção desses pequenos produtores e garante uma rede de segurança financeira contra as perdas econômicas e outros fatores.

Por que ter um seguro rural?

Diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, onde 90% das áreas rurais são seguradas, no Brasil esse percentual está entre 15% e 16%. O motivo é que aqui ainda é muito caro para o produtor conseguir suportar essa contratação, segundo a Sociedade Rural Brasileira.

Aliás, países como Estados Unidos e China têm em comum a subvenção federal, que é um apoio financeiro ou incentivo fornecido pelo governo, ou outras entidades com o objetivo de promover e apoiar a produção agrícola e o desenvolvimento rural.

Tal prática – que oferece subsídios, isenções fiscais, empréstimos com juros reduzidos e programas de seguro subsidiado – possibilita que os produtores desses países conquistem estabilidade econômica, mitigando prejuízos associados à produção, por conta de flutuações nos preços das commodities, incertezas de mercado até condições climáticas adversas.

A situação é diferente para os produtores que atuam em cooperativas ou que contratam seus empréstimos em bancos. Esses conseguem ter mais acesso e entendimento maior sobre a necessidade do seguro rural.

Assim como fazemos com as nossas casas e nossos veículos, escolher um seguro rural é essencial para o empreendedor. No cardápio de opções de benefícios podemos encontrar o seguro de lavouras, máquinas e equipamentos, propriedades, pecuário, aquícola, vida do produtor rural, entre outros.

Nos lugares mais distantes dos grandes centros é difícil para o empreendedor ter acesso a esse produto. Então, a união das entidades governamentais, não governamentais e empresas do setor privado tem impulsionado o desenvolvimento de programas de seguro rural abrangentes e eficazes. E, mais do que na hora, por conta do avanço da tecnologia e das inovações do setor, esses programas precisam se tornar acessíveis e adaptados às necessidades dos agricultores.

A garantia de proteção contra perdas significativas dá a esses empreendedores confiança para investir em estruturas, modernização de equipamentos e tecnologias avançadas, que resultam no aumento da produtividade e da competitividade de mercado. O resultado, para o benefício de todos da cadeia, é a estabilidade econômica que contribui para a diversidade da produção agrícola e a segurança do abastecimento alimentar.

CEO da Omni
CEO da Omni. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por quatro anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e um ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.
CEO da Omni. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por quatro anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e um ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.
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