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Ações de empresas americanas apresentarão queda de 25% no lucro por ação em 2020

25 mar 2020, 16:30 - atualizado em 25 mar 2020, 16:30
Mercados - Wall Street - NYSE
Mau humor: para o Credit Suisse, retorno das bolsas americanas já era neste ano (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Relatório do Credit Suisse, obtido pelo Money Times, projeta uma queda de 25% do lucro por ação (LPA) dos papéis de empresas listadas em bolsas dos Estados Unidos. O tombo será maior para as companhias negociadas na Europa: -32%.

O banco suíço acredita que a recuperação começará no fim do ano, e levará a uma alta do LPA de 20% para as americanas e de 25% para as europeias em 2021.

A recuperação, porém, não devolverá toda a rentabilidade anterior à eclosão da pandemia. O Credit Suisse estima que, apesar de tudo, o LPA dos papéis americanos terminará o próximo ano 10% abaixo do nível de 2019. Na Europa, a defasagem será de 15%.

Entre os principais fatores que pressionarão o retorno das ações, está a correlação entre a evolução do PIB e o LPA. O cenário básico do banco prevê um recuo de aproximadamente 1% para a economia dos EUA neste ano. Já o PIB europeu deve encolher 4%.

Petróleo

Outro catalisador das perdas é a queda na cotação internacional do petróleo. “O setor de energia respondeu por cerca de 5% dos lucros em 2019, logo, deveria representar de 3 a 4 pontos percentuais da redução do LPA”, explica o banco.

Para os seis analistas que assinam o relatório, uma queda de 25% no LPA de 2020 é “plausível”. E acrescenta: “como referência, a maior queda no acumulado de 12 meses, entre 2008 e 2009, foi de 37%”. A equipe observa que aquele foi um período “de queda mais sustentável do PIB” que o previsto agora.

A instituição observa que, historicamente, em épocas de recessão, o LPA das companhias americanas fica 30% abaixo do previsto, e são necessários dois anos para que volte ao nível pré-crise. Assim, os recuos esperados para este ano, comparativamente, indicam uma curva de recuperação mais rápida.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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