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Ações de empresas problemáticas disparam mais de 200% no primeiro semestre

24 jun 2021, 18:55 - atualizado em 24 jun 2021, 19:57
Mercados
Segundo o fundador do Yubb, é importante ressaltar que são empresas não com as melhores ações, mas com as maiores valorizações (Imagem: Pixabay)

As ações de empresas com problemas financeiros, judiciais ou de governança lideraram as valorizações na Bolsa de Valores no primeiro semestre de 2021, mostra levantamento realizado pelo Yubb.

Só os papéis da Fertilizantes Heringer (FHER3) subiram 648% desde do início do ano.

Segundo Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, é importante ressaltar que são companhias não com as melhores ações, mas com as maiores valorizações.

“A maioria das empresas que está neste ranking encontra-se em recuperação judicial ou com problemas de gestão ou fiscalização, recebendo, inclusive, punições da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”, pontua

É o caso, por exemplo, da JB Duarte que, mesmo aparecendo duas vezes no ranking, já foi penalizada por realizar manipulações de mercado.

“São empresas em situação crítica de governança e, em alguns casos, em deterioração financeira. Isso já traz um risco gigantesco para o investidor”, argumenta.

Para Pascowitch, há apenas uma justificativa: o poder da especulação.

“Essas valorizações podem estar muito mais relacionadas a movimentos especulativos por parte de investidores que querem se aproveitar de uma empresa ou de algumas empresas que estão passando por dificuldades para gerar movimentos de hipervalorização, inspirados nos investidores pessoa física dos Estados Unidos”, conclui.

Veja o ranking:

Posição Empresa Ticker Performance
1 Heringer FHER3 648,65%
2 JB Duarte JBDU4 429,20%
3 Grupo Inepar INEP4 404,28%
4 JB Duarte JBDU3 401,61%
5 Grupo Inepar INEP3 394,59%
6 Viver VIVR3 322,99%
7 Panatlantica PATI3 274,99%
8 Atma ATMP3 266,96%
9 Nordon Med NORD3 227,50%
10 Panatlantica PATI4 214,89%

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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