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Açúcar: maior oferta asiática já descarrega nos preços de março 22; outubro é só rolagem

10 set 2021, 15:04 - atualizado em 10 set 2021, 15:06
Açúcar
Safra brasileira menor de açúcar já está nos preços e a próxima, com as chuvas esperadas, ajudarão a pressionar mais à frente (Imagem: REUTERS/Juan Carlos Ulate)

O contrato do açúcar para entrega em março de 2022 perdeu os 20 centavos de dólar por libra-peso. E não perdeu pouco em apenas dois dias. Está em 19,51 c/lp, escorregando para menos 2,10%, faltando 25 minutos para fechar o pregão desta sexta (10), em Nova York.

Vai caindo pelas mesmas razões que já faziam o outubro cair – e que agora só derreterá mais pela rolagem de posições até o final de setembro.

Vem safras boas nos dois maiores produtores asiáticos, Índia e Tailândia, a partir do mês que vem. E já entram na conta do primeiro vencimento futuro de 2022.

Daí que análises falando em consumo menor, influência do petróleo, dólar index, e o que mais tiver para o momento circulando, é puro contorcionismo para explicar as quedas recentes na tela mais curta.

Nem a safra brasileira do Centro-Sul, em morte súbita até mais tardar meio de novembro e de forte quebra, precifica mais, incluindo o levantamento da Unica trazido na manhã desta sexta.

Já estava nos preços que elevaram a máximas, no período de transição até que começou a ficar mais próximo o ciclo dos asiáticos.

Maurício Muruci, da Safras & Mercados vai direto ao ponto:

1- a entidade das indústrias tailandesas divulgou nesta quinta que o país produzirá em torno de 12 milhões de toneladas de açúcar, alta de 44% sobre a safra anterior, e quase próximo da média histórica do país.

2- a Índia, como ele já havia falado antes aqui em Money Times, parte para 35 a 36 milhões/t, e com estoques carregados do ciclo passado.

“E há perspectiva de melhora da safra brasileira 22/23, com as chuvas que devem ser mais regulares”, estima ainda o analista da Safras.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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