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AES contrata bancos para vender ativos e sair do Brasil, diz Lauro Jardim

28 jan 2024, 10:37 - atualizado em 29 jan 2024, 9:17
AES Brasil
Hoje, a elétrica conta com um portfólio de ativos 100% renováveis, com capacidade instalada total de 5,2 GW, sendo 2,7 GW hídrico, 2,2 GW eólico e 0,3 GW solar (Imagem: Facebook;AES Brasil)

A AES (AESB3) estaria de saída do Brasil, informa o colunista do O Globo, Lauro Jardim. De acordo com a notícia, a empresa teria contratado os bancos Itaú e Goldman Sachs para vender os seus ativos.

Em nota enviada ao Money Times, a AES Brasil esclarece que, como já comunicado anteriormente, foi informada por sua controladora, AES Corp, que esta avalia alternativas para financiar o crescimento da companhia e melhorar sua estrutura de capital.

A americana AES está no país desde 1997 e aportou aqui em meio às privatizações do setor realizadas pelo governo de FHC.

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Hoje, a elétrica conta com um portfólio de ativos 100% renováveis, com capacidade instalada total de 5,2 GW, sendo 2,7 GW hídrico, 2,2 GW eólico e 0,3 GW solar.

Mercado já esperava

Em rápida conversa com o Money Times, o gestor da RPS Capital, Gustavo Henrique Fabricio, diz que o mercado já esperava o movimento. A questão é saber o preço e qual empresa teria o ‘cacique’ para comprar a companhia.

“Ativos têm concessões importantes vencendo em 6 anos”, recorda.

Os ativos hídricos da AES Brasil têm sua concessão expirando em 2031/2, e a possibilidade de sua renovação ainda precisa ser regulamentada.

Sobre os ativos em construção, o gestor diz que o mercado de renováveis conta com excesso de projetos. “Não sei se mercado gosta muito (dos projetos)”, discorre.

A AES possui uma extensa lista de projetos em construção — entre eles os complexos eólicos Tucano (322 MW) e Cajuína 2 (370 MW) e o parque solar AGV VII (33 MW) —  que poderão adicionar até 4,0 GW de capacidade instalada ao seu portfólio.

No terceiro trimestre de 2023, a empresa lucrou R$ 102,6 milhões, alta de 21,3% e acima do esperado pelo consenso do mercado reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 70 milhões.

Na bolsa, a AES vale R$ 6,08 bilhões. Nos últimos cinco anos, a ação acumula queda de 31%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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