Esportes

Afinal, eSports é esporte? Veja o que dizem players do setor

12 jan 2023, 11:33 - atualizado em 12 jan 2023, 11:45
esportes eSport ministra
Quais impactos a falta de investimento público pode ocasionar no setor? (Imagem: Unsplash/Jose Gil)

A ministra do Esporte, Ana Moser, declarou em entrevista nesta terça-feira (10) que não considera “esports” esportes e, por isso, não investirá neste nicho em seu mandato à frente da Pasta.

Entre os players do setor ouvidos pelo Money Times, a repercussão foi negativa. Para eles, a falta de investimento público pode excluir uma parcela social da população que se beneficiaria com estímulos na área.

A discussão de ser, ou não ser um esporte também entra em pauta ao buscarem uma definição do que compõe a modalidade. Conforme dizem, o treino, exaustão física e preparo não são menos relevantes do que os esportes tradicionais. Confira:

Players em eSports defendem o setor

Para Cynthya Rodrigues, co-fundadora da G4B, startup brasileira especializada em negócios para os segmentos de games, esports e entretenimento, a fala da ministra “infelizmente entristece toda a comunidade gamer brasileira”.

“Sem o investimento e apoio adequado do Governo Federal, pode haver dificuldades para que campeonatos de alto nível aconteçam, principalmente em periferias e locais mais afastados; limitando o desenvolvimento da indústria e o crescimento do número de jogadores profissionais”, diz.

Rodrigues comenta que é possível ver uma redução nas oportunidades para que os jogadores ganhem dinheiro com o esporte eletrônico,  desincentivando as pessoas a se tornarem jogadores profissionais.

A profissional diz que hoje há vários benefícios potenciais para investir nos esports, como geração de emprego e renda para pessoas envolvidas na produção de eventos e transmissões de campeonatos, desenvolvimento de habilidades tecnológicas e de negócios, inclusão social, criando oportunidades para pessoas com diferentes habilidades e origens”.

Para Daniel Orlean, fundador do time de esports do Flamengo e atualmente fundador da Voltz, não se pode confundir games com esportes eletrônicos. “O primeiro deve ficar na categoria de audiovisual e entretenimento, o segundo na categoria de esportes mesmo.”

Para Orlean, o fato de esports fazer o uso de programas de computador com mecânicas gamificadas, ou games, de forma simplificada, não tiram seu caráter esportivo. “Pelo contrário: esports são a evolução do esporte. São atividades que incorporam competitividade, regras e objetivos bem definidos para superação de adversários”, diz

“Agora, se a resistência é para que os esportes eletrônicos não entrem na divisão de recursos para esportes que demandam mais investimento de base e que não tem tanta atratividade de mídia, basta debater as regras e premissas”, diz.

Para ele, o mercado de esports irá crescer, com ou sem incentivo público. A questão é se cumprirá também o papel social que tem sido cumprido por projetos que usam esse caminho para tirar crianças e jovens de risco social, por exemplo, segundo o fundador do time de esports do Flamengo.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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