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Além de ‘The Merge’: O que o futuro reserva para a escalabilidade da Ethereum (ETH)?

18 set 2022, 16:00 - atualizado em 16 set 2022, 18:04
Ethereum
As propostas para escalabilidade da Ethereum estão sendo desenvolvidas paralelamente à rede principal. (Imagem: Unsplash/shutter_speed)

A atualização “The Merge” foi concluída na Ethereum (ETH) na última quinta-feira (15), marcando uma transição histórica e bem-sucedida no blockchain da rede, que passou do mecanismo proof-of-work (PoW) para proof-of-stake (PoS).

No próximo ano, desenvolvedores focarão em possibilitar saques de ativos em staking – a última tarefa de um processo com várias fases.

Porém, agora que a migração para proof-of-stake está quase finalizada, desenvolvedores se voltarão a outro problema que afeta a rede. Um problema com que desenvolvedores lidam desde do aumento na atividade na rede em 2017: escalabilidade.

Startups e as equipes de desenvolvimento da Ethereum apresentaram uma variedade de abordagens para lidar com esse problema, a nível do protocolo e por meio de um sistema de camadas. Muitas dessas abordagens são lideradas por diferentes equipes e competem em si, de algum modo.

Apesar disso, todas compartilham um objetivo comum: permitir que milhões de pessoas possam usar a Ethereum de maneira regular e realizar quantas transações rápidas e baratas quiserem.

Ethereum, atualmente, pode processar entre 15 e 20 transações por segundo, já a Ethereum [com melhor escalabilidade], incluindo rollups e sharding, poderá processar 100 mil transações por segundo, conforme cálculos”, disse o cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, durante uma apresentação em julho.

Confira abaixo os diferentes modos pelos quais a Ethereum planeja melhorar a escalabilidade.

Como o mercado e a comunidade da Ethereum
reagiram à atualização ‘The Merge’

Próximos passos para Ethereum

Ethereum possui importantes atualizações para escalabilidade a caminho, todas as quais estão sendo desenvolvidas em paralelo à The Merge e serão implementadas em momentos diferentes. Todas as mudanças acontecerão na camada-base proof-of-stake da Ethereum.

Buterin destacou esses desenvolvimentos no evento EthCC, em julho, quando mencionou as várias abordagens, bem como benefícios que cada uma delas irá adicionar à rede.

O primeiro é “proto-danksharding”, um precursor de sharding, esperado para ser lançado entre 6 a 12 meses após The Merge. A abordagem introduz um aumento na quantidade de dados que os blocos da Ethereum podem suportar.

Ao aumentar a quantidade de dados possível em cada bloco, proto-danksharding poderá tornar os custos de transação da em blockchains de segunda camada da Ethereum 100 vezes mais baratos.

O próximo da fila é danksharding, que introduz sharding à Ethereum. Sharding está em desenvolvimento desde que foi apresentado por Vitalik Buterin, em 2017. O objetivo é melhorar a escalabilidade da Ethereum e tornar rollups mais baratos de usar.

Rollups são soluções de segunda camada desenvolvidas em cima da Ethereum e que processam grandes quantidades de transações, enviando-as em massa para o blockchain principal.

Rollups usam uma quantidade elevada de dados, aumentando os custos de transação.

“Rollups são ‘famintos por dados’ e os recursos exigidos para operar um nó de validação na Ethereum aumenta ao longo do tempo, à medida que esses nós precisam fazer o download de todos os dados publicados nos rollups”, disse o membro do The Block Research, Eden Au.

Danksharding leva os custos reduzidos de transação, proporcionados pelo proto-danksharding, uma etapa adiante e elimina a necessidade de nós validadores precisarem baixar todos os dados, ao possibilitar que somente peguem uma “amostra” dos dados.

O terceiro desenvolvimento para escalabilidade da Ethereum apresenta o “proposer-builder separation (PBS)” – “separação do construtor e do proponente”, em tradução livre.

Esse conceito separa o processo altamente intensivo de construção de blocos de uma validação de blocos mais passiva. Essa terceira etapa garantirá uma quantidade adequada de validadores para descentralização e amostragem de disponibilidade de dados na rede da Ethereum após sharding.

Os desenvolvimentos finais são voltados para reduzir o histórico total e as exigências de armazenamento para validadores. Essas exigências encarecem a operação de um nó validador e se tornarão ainda mais custosas na Ethereum pós-sharding.

Esses últimos desenvolvimentos reduzirão o custo e a barreira de entrada para operar um validador, permitindo que a Ethereum mantenha a descentralização.

Batalhas das segundas camadas

Outro desenvolvimento significativo no último ano é maturidade de soluções de segunda camada viáveis. Protocolos de segunda camada permitem transações mais baratas, ao mesmo tempo em que recebem benefícios de segurança da camada-base da Ethereum.

O crescente foco em tecnologia de segunda camada pode ser dividido em quatro categorias principais: “optimistic rollups”, SNARKs de conhecimento zero, STARKs de conhecimento zero e zkEVMs com base em SNARK.

Optimistic rollups usam o que chama de provas de fraude, as quais estimam, de modo otimista, que todas as transações sejam válidas.

Arbitrum, Optimism e Metis são, atualmente, os optimistic rollups mais viáveis e adotados.

Na sequência, existem os de prova de conhecimento zero. SNARKs e STARKs usam provas criptográficas que permitem uma pessoa prove saber a informação sem revelá-la. A principal diferença entre os dois é que STARKs são resistentes a computadores quânticos.

Protocolos como StarkNet e zkSync são blockchains de prova de conhecimento zero que estão liderando esse segmento.

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