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Allianz e Generali estudam venda de ativos de seguro de vida

27 maio 2020, 14:09 - atualizado em 27 maio 2020, 14:09
Allianz
Qualquer venda poderia ajudar a Allianz a liberar capital regulatório em meio à crise do coronavírus (Imagem: Bloomberg)

Duas das maiores seguradoras da Europa se preparam para vender bilhões de euros em ativos de seguro de vida – um nicho de negociação que mantém banqueiros ocupados em meio à pandemia de coronavírus.

A Allianz planeja vender até 9 bilhões de euros (US$ 9,9 bilhões) em ativos de seguro de vida em países como a Itália, segundo pessoas com conhecimento do assunto. A empresa alemã trabalha com o Morgan Stanley para revisar o portfólio, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

A possível venda, que ocorre após a revisão pela Allianz de seus negócios de seguro de vida na Europa fora do mercado doméstico, pode render cerca de 500 milhões de euros, disseram as pessoas.

Qualquer venda poderia ajudar a Allianz a liberar capital regulatório em meio à crise do coronavírus.

A italiana Assicurazioni Generali decidiu avançar com a venda de uma carteira francesa de seguro de vida, que deve ser um negócio histórico para o setor na França, disseram as pessoas.

A empresa escolheu a especialista em serviços financeiros Fenchurch Advisory para ajudar na possível venda, que pode envolver entre 1 bilhão e 2 bilhões de euros em ativos, de acordo com as pessoas.

Menos acordos

A Generali avalia vender o chamado portfólio back book, vinculado a produtos de poupança, em sua unidade de seguro de vida e já havia solicitado aos bancos que participassem do acordo, segundo reportagem da Bloomberg News em janeiro.

Os desinvestimentos da Allianz e da Generali podem atrair o interesse de consolidadores especializados, disseram as pessoas. Nenhuma decisão final foi tomada e não há certeza de que as deliberações levarão a uma transação, segundo as pessoas. Representantes de Allianz, Generali, Morgan Stanley e Fenchurch não comentaram.

Grandes seguradoras como a Axa têm se afastado de negócios intensivos em capital, como apólices de seguro de vida. Isso as levou a vender pacotes de apólices antigas para empresas como Phoenix, Athora Holding, da Apollo Global Management, e Eurovita, controlada pela Cinven.

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