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Alto custo de matéria-prima é o principal problema da indústria de construção, aponta estudo

26 jul 2022, 15:49 - atualizado em 26 jul 2022, 15:49
Construção
Aumento do preço dos insumos é o maior problema da indústria de construção há 2 anos (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), há 24 meses o custo da matéria-prima é apontado como o maior problema das empresas de construção, seguido por taxa de juros, carga tributária e a falta ou o alto custo de trabalhador qualificado.

A falta ou o alto custo de matéria-prima foi o principal problema citado por 47,7% dos empresários, enquanto a taxa de juros elevada foi destacada por 29,8% dos entrevistados. Já a falta ou alto custo de trabalhador qualificado foi relatada por 20,3%.

De fato, o custo dos insumo está pesando para a indústria. Segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pelo FGV IBRE, os três itens que mais sofreram aumentos nos custos entre julho de 2020 e junho de 2022, foram os vergalhões e arames de aço ao carbono (99,60%), tubos e conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de PVC (80,62%).

Além disso, o setor registrou queda no Índice de Confiança da Construção (CST), calculado pelo FGV IBRE, que recuou 0,7 ponto em julho, para 96,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice também caiu, para 0,3 ponto.

Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (26), neste mês, a queda foi influenciada exclusivamente pela piora das perspectivas para os próximos meses.

Isso porque o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 2,3 pontos, para 98,9 pontos, voltando a ficar abaixo do nível neutro, de 100 pontos, após três meses.

Projeção do PIB

Apesar dos problemas apontados, pela segunda vez consecutiva neste ano, a CBIC aumentou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Construção Civil.

Segundo a economista da entidade, Ieda Vasconcelos, o ciclo de negócios em andamento, iniciado nos últimos dois anos, tem garantido o ritmo de atividade do setor. Para o segundo semestre é aguardado, também, um maior impacto do ritmo de atividades originário das famílias, com pequenas obras e reformas.

“Pelo segundo ano consecutivo a Construção crescerá acima da economia nacional. Entretanto, mesmo considerando a alta de 3,5% do em 2022, o setor ainda registra queda em seu PIB de 23,44% no período 2014 a 2022”, disse.

Ieda Vasconcelos mencionou ainda que as novas medidas para o Programa Casa Verde e Amarela proporcionarão efeito positivo na atividade do setor, e poderão começar a ser sentidos nos últimos meses deste ano.

Mercado de trabalho

Em relação ao mercado de trabalho de construção civil, os resultados são positivos e em patamares mais elevados do que os observados no período pré-pandemia.

Isso porque, em maio deste ano, o número de trabalhadores com carteira assinada alcançou o maior patamar desde novembro de 2015.

Além disso, o mercado de trabalho formal alcançou resultados positivos em quase todos os estados, sendo São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro, os destaques na geração de novas vagas na construção.

O setor de construção civil já gerou mais de 430 mil novas vagas com carteira assinada no período pós pandemia, entre março de 2020 e maio de 2022. A construção de edifícios representou mais 175.64 novas vagas. Obras de infraestrutura: 93,961 e serviços especializados para a construção: 166.368.

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Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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