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Ambev (ABEV3) pode avançar sobre mercado da Heineken, diz BofA

12 jul 2022, 16:41 - atualizado em 12 jul 2022, 16:41
Ambev
BofA espera crescimento de receitada Ambev, mas contração da margem (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Bank of America (BofA) divulgou relatório com a prévia de resultados da Ambev (ABEV3)para o segundo trimestre de 2022. Segundo o banco, as tendências são semelhantes ao primeiro trimestre, com crescimento da receita, mas contração da margem.

A recomendação do BofA é neutra, com preço-alvo em R$ 18.

Segundo o relatório, o banco espera que a Ambev reporte um Ebtida de R$ 4 bilhões no segundo trimestre, estável em relação ao ano anterior, com 10% de crescimento orgânico.

Além disso, a expectativa é que o faturamento reportado cresça 8,5% ao ano, impulsionado pelo Brasil e Sul da América Latina, compensando os desempenhos mais fracos do CAC (América Central e Caribe) e do Canadá, enquanto a margem Ebtida deve cair 200bps ao ano para 23,9%.

“Esperamos que os volumes de cerveja BZ cresçam 2,6% ao ano. A Ambev pode ganhar participação de mercado, já que a Heineken liderou o aumento de preços no segundo trimestre”, diz o relatório.

Por fim, o BofA estima lucro líquido de R$ 1,8 bilhão, alta de 3,8% ao ano.

Cenário internacional é difícil para Ambev

O BofA destaca que o cenário no Canadá, América Central e Caribe são difíceis, mas parcialmente compensados pela América do Sul.

Isso porque as interrupções no fornecimento continuam afetando o desempenho da receita e da margem na CAC, enquanto os resultados do Canadá também devem ser impactados negativamente pelo fraco desempenho, além da SG&A (vendas, despesas gerais e administrativas) mais alto.

Dessa forma, o BofA prevê resultados mistos na divisão internacional, com Ebtida estimado em R$ 2,4 bilhões, contra R$ 2,52 bilhões reportados no primeiro trimestre de 2022.

“Embora a ação tenha se desvalorizado de 20 vezes o preço sobre lucro (P/L) em para 18x atuais, contra 20x históricos, mantemos nosso neutro em uma perspectiva macro difícil no Brasil, real mais fraco e custos ainda altos”, diz o banco.

Cerveja no Brasil

Sobre os volumes de cerveja no Brasil, o BofA espera um crescimento semelhante ao registrado no primeiro trimestre em 2,6% ao ano.

Apesar das piores condições climáticas e base de comparação mais dura, os volumes on-trade continuaram a se recuperar, o BofA destaca que as verificações de canal apontaram aumentos de preços anteriores pela Heineken, o que pode indicar algum ganho de participação de mercado ao ano, mas uma desaceleração trimestre a trimestre.

“Estimamos que a receita/hectolitro cresça 9% ao ano(ex-BEES), uma aceleração marginal trimestre a trimestre (+8,5% no 1T), mas ainda insuficiente para sustentar a margem bruta ao ano”, diz.

Com isso, o BofA estima queda de margem bruta de 260bps ao ano para a cerveja no Brasil, com a margem Ebtida caindo 100bps ao ano para 20,6%, visto que as despesas de vendas aceleram, mas devem ser parcialmente compensadas por despesas gerais e administrativas menores.

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Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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