Comprar ou vender?

Após TED e DOC, nova etapa do PIX pode prejudicar cartões dos bancos

23 jul 2021, 13:19 - atualizado em 23 jul 2021, 13:19
Cartão de Crédito
“Acreditamos que isso pode ser um movimento para começar a afetar as transações com cartões”, apontam os analistas (Imagem: Pixabay)

O PIX , meio de pagamento que caiu na graça dos brasileiros, terá novidades a partir das próximas semanas.

Na última quinta-feira (22), o Banco Central publicou uma resolução para ampliar o uso do sistema de pagamentos instantâneos.

Com as alterações, será possível fazer transferências por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais, além de pagar as compras feitas pela internet.

Para isso, uma resolução do BC regulamenta regras para as instituições financeiras participantes do open banking (sistema de compartilhamento de dados). Somente esses bancos poderão oferecer os novos serviços.

Segundo a Ágora, em rápido relatório enviado a clientes, a iniciativa irá facilitar as operações de pagamento do Pix, o que deve aumentar a penetração nas lojas.

“Acreditamos que isso pode ser um movimento para começar a afetar as transações com cartões e está em linha com nossa ideia de que os bancos deveriam ter tarifas pressionadas em linhas específicas”, apontam os analistas Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão.

Dor de cabeça?

Para os analistas, o desenvolvimento e as atualizações do PIX são positivos, pois poderiam modernizar o sistema de pagamentos brasileiro, com mais segurança e agilidade.

“No entanto, ainda observamos que PIX pode continuar a pressionar as receitas de tarifas dos bancos, especialmente relacionadas aos serviços de conta corrente”, conclui a dupla.

Segundo dados do BC, o PIX alcançou 649 milhões de transações em maio, ante 342 milhões de faturas, 126 milhões de transferências tradicionais (TED/DOC) e 18 milhões de saques a descoberto.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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