Market Makers

Apostar contra Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) pode ser ‘perigoso’, diz gestor da Legacy

04 dez 2022, 12:26 - atualizado em 04 dez 2022, 12:32

Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) entraram na mira de investidores preocupados com a governança das estatais no governo eleito do presidente Lula.

Em novembro, duas casas, Órama e Itaú BBA, recomendaram shortear, ou seja, operar vendido (operação que aposta na queda das ações) no papel da Petrobras, por exemplo.

Apesar das incertezas, o gestor da Legacy, Felipe Guerra, com R$ 28 bilhões sob gestão, acha ‘perigoso’ shortear a dupla. A fala ocorreu no 23º episódio do Market Makers, apresentado por Thiago Salomão e Renato Santiago.

“As estatais são muito baratas. Quando você olha o valuation das empresas, acho muito difícil ficar vendido em Petrobras no preço atual. Pode demorar para você estragar, fazer coisas ruins na empresa. A empresa vai gerando caixa, esse dinheiro fica lá, é difícil gastar caixa em dólar. Eu tenderia a ficar neutro em Petrobras, nesse pensamento de ter bolsa”, coloca.

Sobre Banco do Brasil, o gestor afirma que a empresa é a mais barata do setor.

“Em uma recessão, o banco está mais focado em crédito agrícola, no servidor público, que é o cara que não é demitido. Acho ele bem defendido. Não ficaria vendido em Banco do Brasil de forma nenhuma”, discorre.

Veja o episódio na íntegra:

Novo governo Lula

Para o governo, Guerra diz que, até o momento, vê uma pré-disposição de Lula pisar no fiscal no primeiro momento de dificuldade do presidente.

“Já temos uma dívida alta, tem um mundo que está em um ambiente mais difícil de recessão, vamos trabalhar com juros altos. O ano que vem pode ter um PIB negativo. O PIB desde trimestre já será bem fraco. Então vai cortar os juros? Não necessariamente. Você pode ter aumento dos impostos e deixar a inflação próxima de 6%. Ainda depende da dinâmica da câmbio”, coloca

Guerra está vendido em Brasil, em bolsas internacionais e zerado em juros brasileiros diante das incertezas.

Veja o episódio na íntegra:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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