Política

Ernesto Araújo pode deixar ministério em possível reforma ministerial, diz Mourão em entrevista a rádio

27 jan 2021, 13:29 - atualizado em 27 jan 2021, 14:15
Hamilton Mourão
Mourão se declarou ainda favorável à recriação do auxílio emergencial para ajudar os mais vulneráveis durante a pandemia (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pode deixar o cargo em uma eventual reforma ministerial após as eleições para os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado, disse o vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista nesta quarta-feira à Rádio Bandeirantes.

De acordo com Mourão, que afirmou na entrevista que gostaria de participar mais do governo do presidente Jair Bolsonaro, as mudanças no primeiro escalão podem ocorrer para reacomodar as forças políticas após a escolha das Mesas Diretoras das duas Casas legislativas.

“Acho que poderá ocorrer uma reorganização do governo para que seja acomodada a nova composição política que emergir desse processo. Talvez alguns ministros sejam trocados, entre eles, o próprio Ministério das Relações Exteriores”, disse o vice à emissora.

Ele também comentou sobre eventual processo de impeachment contra Bolsonaro, em um momento em que há mais de 60 pedidos neste sentido já protocolados na Câmara dos Deputados, e fez a avaliação que o movimento pela destituição do presidente perderá força conforme a vacinação contra a Covid-19 ganhar tração.

“A minha visão é que no presente momento não estão dadas as condições para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Há muito ruído, muita gritaria, fruto do desconhecimento sobre a questão das vacinas. A partir do momento que o processo de vacinação avançar, essa gritaria vai diminuir”, avaliou.

Mourão se declarou ainda favorável à recriação do auxílio emergencial para ajudar os mais vulneráveis durante a pandemia, mas ponderou que é necessário cortar outras despesas para abrir espaço para o pagamento do benefício. O vice afirmou que o Brasil vive uma “crise fiscal séria” e alertou que a dívida pública não pode se tornar “ainda mais impagável”.

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