Ibovespa As 5 principais notícias do mercado internacional nesta sexta-feira
O coronavírus continua a se espalhar pelo mundo, à medida que o número de casos confirmados aumenta novamente na Coreia do Sul e no Irã. A África Subsaariana também confirma seu primeiro caso.
Os mercados de ações asiáticos e europeus caem acentuadamente após o pânico de Wall Street na quinta-feira, enquanto o petróleo Brent cai brevemente abaixo de US$ 50 por barril.
O Bundesbank reconhece um provável impacto na economia alemã. As moedas turca e russa enfraquecem enquanto os dois países se aproximam do confronto direto na Síria.
Há também divulgação dos dados de renda familiar nos EUA.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na sexta-feira, 28 de fevereiro.
1. Coronavírus desencadeia medidas de emergência em todo o mundo
O surto de coronavírus se espalhou de maneira mais ampla pelo mundo, causando vendas mais pesadas nos mercados de ações e commodities.
A Coreia do Sul, o maior ponto de contágio fora da China, registrou outros 571 casos, enquanto o Irã, que demorou a impor restrições de viagens e trabalho à sua população, registrou outros 143 casos.
O vírus também atingiu a África subsaariana, com a Nigéria confirmando seu primeiro caso. A ilha de Hokkaido, no norte do Japão, declarou estado de emergência, enquanto quarentenas e fechamento de escolas se espalharam pela Alemanha.
Enquanto isso, a vizinha Suíça baniu todos os eventos públicos com mais de 1.000 participantes – o que significa o cancelamento do Salão Automóvel de Genebra deste ano.
2. Venda por pânico nos mercados globais continua, mas há sinais de abrandamento
O pânico nos mercados financeiros globais mostrou sinais de tentativa de abrandamento, mas não antes de outra pesada redução do preços dos ativos de risco e aumento da demanda pelos ativo porto-seguros.
Os mercados de ações asiáticos caíram acentuadamente, enquanto a Europa se recuperou das mínimas intradiárias, mas ainda registra queda entre 2,2% e 3,2% até o meio-dia na Europa, influenciada agora pelos rotineiros de avisos de queda de lucro das empresas.
O petróleo Brent atingiu uma mínima de três anos antes de se recuperar acima de US$ 50 por barril, após alertas de queda de receita de dois dos maiores grupos de companhias aéreas da Europa que, seguindo outras empresas nesta semana, eram ainda mais preocupantes por causa de falta de nova estimativa.
O rendimento do Tesouro dos EUA em 10 anos caiu para um novo recorde de 1,17% antes de retornar a 1,19%. Os futuros de ouro desistiram de alguns de seus recentes ganhos estelares, ficando abaixo de US$ 1.650.
3. Mais um dia vermelho em Wall Street, embora com perdas menores
Os mercados de ações dos EUA devem estender as perdas na abertura. Embora muitos indicadores sugiram que os mercados estejam fortemente sobrevendidos no curto prazo, há uma expectativa de recuperação no fim de semana.
Às 09h00, o contrato futuro da Dow caiu 280 pontos ou 1,1%. O contrato futuro do S&P 500 e do contrato Nasdaq 100 perdiam 1,0%.
Uma ação que provavelmente estará em foco no início do comércio é a Cisco Systems, que – segundo o The Wall Street Journal – está planejando uma nova rodada de demissões ‘por causa da incerteza econômica global’.
No front de dados, haverá números sobre gastos pessoais e renda pessoal às 10:30 (horário de Brasília).
4. Bundesbank vê vírus atingindo economia alemã
A economia alemã provavelmente crescerá mais lentamente do que o previsto neste ano devido ao coronavírus, alertou o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann.
“Se se trata de uma epidemia na Alemanha, é de se esperar efeitos econômicos diretos”, disse Weidmann em entrevista coletiva. No entanto, ele disse que não havia necessidade imediata de o BCE agir.
Os mercados não estão convencidos: estão precificando outro corte de 10 pontos base na taxa de depósito do BCE, após números de inflação mais fracos do que o esperado da França e da Itália nesta manhã.
Enquanto isso, a Alemanha registrou uma queda surpreendente de 10.000 no número de desempregados, com ajuste sazonal, no início da sexta-feira.
5. Lira e rublo enfraquecem enquanto Turquia e Rússia se enfrentam na Síria
As moedas turca e russa enfraqueceram depois que os dois países se aproximaram do conflito direto na Síria.
O rublo caiu para mínima de 67,23 por dólar, o menor desde janeiro de 2019, enquanto a lira enfraqueceu para 6,26 por dólar, mínima de nove meses. De qualquer forma, ambos foram apanhados na rota geral de moedas de maior rendimento desde que o surto de coronavírus explodiu.
Mais de 30 soldados turcos morreram em um ataque aéreo na região de Idlib na quinta-feira, segundo relatos atribuídos à Força Aérea russa, que controla o espaço aéreo na Síria. A Rússia está ajudando as forças do presidente Bashir al Assad a esmagar o último bolsão restante de resistência ao seu governo.
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