Colunista Vitreo

Atenção, investidores: Quem tem medo do lobo mau?

05 jan 2022, 11:45 - atualizado em 05 jan 2022, 12:14
Enganou-se quem pensou que o início do ano seria como um sorvete na praia / A Filha Perdida (2021)

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Bom dia, pessoal!

O mercado internacional seguiu certa robustez ontem (4), com o Dow Jones próximo da marca de 37 mil pontos no início de 2022.

De 27 de dezembro até a manhã de ontem, o índice conquistou uma alta de 2,5% durante o que se convencionou chamar de “Rali de Natal”, que marcou seu melhor desempenho desde a virada entre 2008 e 2009, quando o índice subiu 6,3%.

Enquanto isso, o índice S&P 500, apesar de ter caído ontem, subiu 1,9% no mesmo período, o que representaria seu melhor rali desde uma alta de 2% durante o período entre 2012 e 2013.

Nesta manhã, porém, as Bolsas asiáticas caíram predominantemente, com as ações de tecnologia na região ecoando uma queda semelhante do setor em Wall Street.

Além disso, as preocupações continuam com a Covid-19, à medida que os relatos de casos devidos à ômicron, variante mais contagiosa, continuam crescendo na região. A Europa não tem uma direção clara nesta manhã, bem como os futuros americanos.

O Brasil tem se desvencilhado da performance global, preocupado com suas próprias peculiaridades, mas é possível que sinta hoje os efeitos sobre ativos de países emergentes proporcionados pela ata do Fed.

O dólar, por exemplo, que já roda perto de R$ 5,70, será influenciado hoje pelo documento da última reunião de política monetária americana, na qual a autoridade optou por acelerar o ritmo do aperto.

A ver…

Grandes planos

A Petrobras, que, junto dos grandes bancos, impediu uma maior queda do Ibovespa ontem (4), tem mostrado bastante resiliência apoiada pelos preços internacionais das commodities.

Na terça-feira, por exemplo, a decisão da Opep+ de manter o plano de aumentar a produção de petróleo em 400 mil barris por dia em fevereiro deu suporte à performance do dia.

Mas não apenas isso. A companhia também apresentou seu plano para viabilizar a produção de até 20 bilhões de barris de óleo equivalente nos campos operados por ela até 2030 por meio da incorporação de novas reservas.

Para efeitos de comparação, até hoje, em quase 70 anos de atuação, a companhia produziu somente 23 bilhões de barris. Seria uma trajetória e tanto.

Enquanto isso, dois outros riscos macroeconômicos estão no radar. O primeiro deles se relaciona com a possibilidade de greve dos servidores na falta de um reajuste salarial comparável ao que Bolsonaro garantiu aos policiais.

O sindicato de funcionários do BC, por exemplo, afirma que 1.200 servidores já aderiram ao movimento por reajuste de salários (mais de um terço dos servidores na ativa).

O segundo trata da onda de Covid pela qual o Brasil está começando a passar, em linha com o que a Europa e os EUA estão experimentando há algumas semanas. Ontem, o país registrou 175 mortes e 18.759 casos de Covid-19 em 24 horas.

O número diário de casos aumentou 122,5% em comparação ao dado de uma semana atrás, enquanto a média móvel de casos (9.876) é a maior desde 15 de novembro (10.670).

Não se crê em restrições agressivas no Brasil em 2022, até porque é ano eleitoral. Contudo, caso aconteçam, seriam bastante prejudiciais para as perspectivas de crescimento.

Na expectativa pela ata do Fed

Ontem, a pesquisa sobre aberturas de empregos e rotatividade de mão de obra nos EUA mostrou uma alta taxa de demissões na economia.

No entanto, o dado provavelmente não será o suficiente para mudar algum direcionamento do Federal Reserve (Fed) hoje.

Isso porque o Fed divulgará nesta quarta-feira sua ata da reunião de dezembro. O documento de hoje fornecerá mais informações sobre como os formuladores de política monetária estão pensando em um mundo em rápida mudança.

Não custa lembrar que foi na última reunião que os membros do Fed optaram por acelerar o ritmo de redução da compra de ativos do banco central.

Quanto mais hawkish vier o tom do material hoje, maior será a chance de o mercado entender como mais provável uma alta antecipada do juro. Consequentemente, o enxugamento da liquidez global é desvantajoso para os emergentes.

Estão mantidos os planos da Opep+

Repercute a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de seguir seu roteiro para compensar lentamente os cortes na produção feitos durante a pandemia, incluindo o acréscimo de 400 mil barris por dia em fevereiro.

O movimento se dá em meio à eleição de Haitham al-Ghais para o cargo de secretário-geral da Opep.

Al-Ghais, um veterano da indústria do petróleo, assumirá as rédeas neste verão, navegando em uma aliança um tanto turbulenta em uma época de mercado de petróleo bruto volátil.

Al-Ghais sucederá Mohammad Barkindo, da Nigéria, que cumpriu seu mandato e se prepara para deixar o cargo no final de julho.

Ocupando a posição desde 2016, Barkindo ajudou a fechar um acordo com países não pertencentes à Opep, revitalizando o grupo ao trazer a Rússia e outros produtores importantes, o que possibilitou uma série de cortes de produção em conjunto desde 2017.

Isso ajudou a fortalecer o mercado após o excesso de oferta e a queda do petróleo entre 2014 e 2016. Sua saída do cargo será acompanhada pelos mercados internacionais.

Anote aí!

Em linha com o que avaliamos nesta manhã na Europa, o Brasil conta hoje com a apresentação dos dados de PMIs (os índices dos gerentes de compra).

Não é a única coisa no calendário, já que os investidores locais também acompanham o índice de preços ao produtor, que pode pressionar a curva de juros.

Lá fora, além dos dados da manhã na Europa, também contamos com alguns dados de emprego e de PMI nos EUA.

Muda o que na minha vida?

Nos EUA, ontem, a pesquisa de opinião de negócios ISM mostrou prazos de entrega mais curtos, movimento que parece estar emergindo como uma tendência global.

Se os prazos de entrega estão encurtando, isso poderia sinalizar que a demanda pode estar se normalizando, o que também afetará as empresas que tiveram poder de precificação durante a pandemia — quando ocorre um choque de demanda, as empresas com poder de precificação aumentam os preços e as empresas sem poder de precificação estendem os tempos de entrega.

Ao longo dos últimos dois anos, as interrupções na cadeia de suprimentos desempenharam um papel fundamental na paralisação da recuperação econômica global devido aos congestionamentos logísticos, uma escassez de contêineres e uma recuperação acentuada na demanda que deixou os produtores com falta de oferta.

À medida que entramos em 2022, as empresas também estão começando a repensar suas cadeias de suprimentos, incluindo onde obter e como distribuir ao redor do mundo, e isso pode ajudar a esclarecer as coisas neste ano. Caminhamos para a normalização da situação, sem dúvida.

Um abraço,

Equipe Vitreo

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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