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Auren (AURE3) e ISA Cteep (TRPL3): veja qual elétrica comprar após balanços do 3T24, segundo BTG

31 out 2024, 16:43 - atualizado em 31 out 2024, 17:55
auren isa cteep
A Auren e a ISA Cteep divulgaram o balanço referente ao terceiro trimestre de 2024 na quarta-feira (30) (Imagem: iStock/maginima)

A Auren (AURE3) e a ISA Cteep (TRPL3) divulgaram seus balanços referentes ao terceiro trimestre de 2024 (3T24) na noite de quarta-feira (30). Os papéis das elétricas fecharam o pregão desta quinta-feira (31) com recuo de 1,82% e de 0,57%, respectivamente.





A ISA Cteep registrou lucro líquido de R$ 431,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, declínio de 9% na comparação com o apurado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 958,7 milhões, crescimento de 9,4% ano a ano, com a margem Ebitda passando de 80,2% para 81,3%, conforme relatório de resultados.

Ac companhia informou que sua receita líquida no terceiro trimestre avançou 8% no comparativo anual, para R$ 1,18 bilhão, enquanto a dívida líquida subiu 23,5%, para R$ 9,53 bilhões.

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Já a Auren anunciou um lucro líquido de R$ 270,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 838,1 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O desempenho positivo reflete, em parte, a ausência dos impactos do reconhecimento tributário sobre a indenização da usina hidrelétrica Três Irmãos, que afetou os resultados do 3T23.

O Ebitda ajustado da companhia alcançou R$ 484,3 milhões, um crescimento de 6,9% em comparação ao terceiro trimestre de 2023. Esse avanço foi impulsionado pelo segmento de comercialização, pela entrada em operação de novos parques solares e pelo aumento de dividendos dos ativos hidrelétricos nos quais a Auren possui participação minoritária.

Auren ou ISA Cteep: qual comprar?

Na avaliação do BTG Pactual, a Auren apresentou números fracos no terceiro trimestre deste ano. Os analistas comentam que a entrada em operação da usina solar Sol do Jaíba, que atingiu início comercial em 20 de setembro, e os bons resultados da área de comercialização de energia compensaram os menores preços médios de venda de energia nos segmentos hidrelétrico e eólico e as restrições.

Após despesas financeiras líquidas de R$ 103 milhões (contra expectativa de R$ 127 milhões), resultado de equivalência patrimonial de R$ 58 milhões (contra R$ 53 milhões projetados) e uma alíquota de imposto de renda maior do que a esperada, o lucro líquido ajustado foi de R$ 108 milhões, frente estimativa de R$ 137 milhões.

A alavancagem foi reduzida para 1,6x dívida líquida/Ebitda, frente 1,87x no segundo trimestre deste ano.

O BTG avalia a Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 11% como “bastante decente”. Ainda, destacam que o terceiro trimestre foi sólido na frente de vendas de energia, preenchendo as lacunas até 2028 e levando adiante o risco não contratado.

“Gostamos da Auren e temos uma recomendação de compra. O único motivo pelo qual não a consideramos uma das Top Picks é sua alavancagem pós-fusão, que levará a empresa a se concentrar na absorção da aquisição alavancada”.

Já sobre a Transmissão Paulista, os analistas ponderam que os números do terceiro trimestre vieram em linha com o esperado, apesar dos efeitos da revisão tarifária.

O BTG recorda que no, início deste mês, a Cteep anunciou que está negociando uma solução para a disputa de longa data com a Sefaz (Secretaria da Fazenda e Planejamento), uma questão legal herdada de seu passado estatal envolvendo complementação de aposentadoria e contribuições previdenciárias.

Os recebíveis da Sefaz chegam a R$ 2,5 bilhões, dos quais o banco estima que a Cteep recuperará 50% até 2039, ajustado por impostos e inflação.

“Nesse meio tempo, a empresa continua a pagar cerca de R$ 200 milhões anualmente em obrigações relacionadas, que deverão diminuir gradualmente a partir de 2027. Temos uma recomendação neutra para a Cteep, pois acreditamos que a tese está bem precificada”.

Fusão Auren e AES

O resultado do terceiro trimestre de 2024 da Auren foi o último publicado antes da fusão com a AES. Dada a fusão com todas, como maior alavancagem, grandes sinergias, gestão de passivos, entre outros, o BTG avalia este como um dos nomes em que os investidores provavelmente veem um alto desvio de TIR percebida.

“Os trimestres pós-fusão serão fundamentais para alinhar as expectativas, e talvez sejamos surpreendidos positivamente”.

De uma perspectiva de longo prazo, o BTG afirma que definitivamente acredita que a Auren tomou a decisão certa ao adquirir a AES.

*Com informações da Reuters 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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