Internacional

Austrália diz que ações “alarmantes” da China contradizem retórica pacifista

26 nov 2021, 12:30 - atualizado em 26 nov 2021, 12:30
“Todos estamos familiarizados com as afirmações frequentes do governo chinês de que está comprometido com a paz, a cooperação e o desenvolvimento”, disse Dutton em um discurso em Canberra (Imagem: REUTERS/Dinuka Liyanawatte)

As ações “alarmantes” da China contradizem sua retórica sobre a promoção da paz e da prosperidade na região, disse o ministro da Defesa da Austrália nesta sexta-feira depois que um navio da Marinha chinesa foi rastreado atravessando a zona econômica exclusiva do país.

O ministro da Defesa, Peter Dutton, listou a militarização chinesa do Mar do Sul da China, a hostilidade recente contra Taiwan e a adoção de uma lei de segurança nacional em Hong Kong como exemplos de ações da China em choque com sua retórica.

“Todos estamos familiarizados com as afirmações frequentes do governo chinês de que está comprometido com a paz, a cooperação e o desenvolvimento”, disse Dutton em um discurso em Canberra.

“E ainda assim, testemunhamos um desconexão considerável entre as palavras e as ações. Assistimos atentamente como o governo chinês se envolve em atividades cada vez mais alarmantes.”

A embaixada chinesa em Canberra disse que Dutton distorceu a política externa da China, enganou o povo australiano e está “atiçando o conflito e a divisão entre povos e nações”.

As relações entre a Austrália e seu maior mercado de exportação atingiram seu pior momento em 2020, quando Canberra apoiou um inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a origem da Covid-19, que foi detectada primeiramente em solo chinês.

A China reagiu cortando contatos ministeriais e impondo tarifas pesadas a exportações australianas, o que, na prática, anulou um acordo de livre comércio de 2015.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.