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Austrália mobiliza mais especialistas e equipamentos para procurar cápsula radioativa perdida

31 jan 2023, 12:22 - atualizado em 31 jan 2023, 12:22
Cápsula radioativa
A cápsula fazia parte de um medidor usado para medir a densidade do minério de ferro que havia sido confiado pela Rio Tinto Ltd (Imagem: Departamento de Bombeiros e Serviços de Emergência/Divulgação via REUTERS)

Autoridades australianas enviaram nesta terça-feira mais pessoal e equipamentos de detecção especializados para procurar uma pequena cápsula radioativa desaparecida em algum lugar do interior, incluindo uma equipe da agência de segurança nuclear do país.

Acredita-se que a cápsula tenha caído de um trem rodoviário –um caminhão com vários reboques– que fez uma viagem de 1.400 km na Austrália Ocidental, e sua perda desencadeou um alerta de radiação para grandes partes do vasto Estado.

O Departamento de Bombeiros e Serviços de Emergência disse na segunda-feira que levaria cinco dias para refazer a rota do trem rodoviário. Nesta terça-feira, informou que 660 quilômetros já haviam sido vasculhados.

A caçada envolve uma série de agências governamentais, incluindo o Departamento de Defesa, a polícia e agora a Agência Australiana de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear e a Organização Australiana de Tecnologia Nuclear e Científica.

A cápsula fazia parte de um medidor usado para medir a densidade do minério de ferro que havia sido confiado pela Rio Tinto Ltd à empreiteira especializada SGS Australia para embalagem e desembalagem. O transporte foi então terceirizado para a empresa de logística Centurion.

A Centurion disse em comunicado que a cápsula foi desalojada do equipamento contido em uma caixa. A caixa de transporte e o palete foram fornecidos pela SGS, disse um porta-voz da Centurion à Reuters por telefone.

A SGS não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. A Rio pediu desculpas pela perda.

A cápsula de prata, com 6 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento, contém Césio-137 que emite radiação igual a 10 raios X por hora.

As pessoas foram instruídas a ficar a pelo menos cinco metros de distância se a detectarem, pois a exposição pode causar queimaduras ou doença por radiação, embora se acredite que passar pela cápsula seja um risco relativamente baixo, semelhante a fazer um raio-X.