Internacional

Autoridade Palestina usa força contra protesto após morte de crítico ao governo

26 jun 2021, 15:59 - atualizado em 26 jun 2021, 15:59
Palestina
No sábado, as forças da Autoridade Palestina foram usadas contra os manifestantes pela primeira vez desde o início dos protestos contra a morte de Banat, segundo imagens gravadas pela Reuters (Imagem: hosny_salah)

A Autoridade Palestina usou forças de segurança contra manifestantes que tomaram as ruas de Ramallah após um dos maiores críticos do presidente Mahmoud Abbas ser morto enquanto estava sob custódia.

Nizar Banat foi preso por forças da Autoridade Palestina que invadiram a casa de um parente onde ele estava hospedado na quinta-feira. Os agentes o golpearam repetidas vezes com uma barra de metal antes de prendê-lo, segundo a família de Banat.

A morte dele disparou três dias de protestos na Cisjordânia ocupada e lançou pedidos de investigação pela comunidade internacional.

No sábado, as forças da Autoridade Palestina foram usadas contra os manifestantes pela primeira vez desde o início dos protestos contra a morte de Banat, segundo imagens gravadas pela Reuters.

Os soldados entraram em confronto com os manifestantes, segundo testemunhas. Não houve divulgação de números oficiais sobre quantas pessoas ficaram feridas ou foram presas.

Testemunhas disseram que as forças de segurança dispararam bombas de gás lacrimogêneo e usaram cassetetes contra manifestantes desarmados e jornalistas.

O porta-voz da Autoridade Palestina, Talal Dweikat, afirmou que a comissão de investigação sobre a morte de Banat começou o trabalho e pediu para o povo esperar pelos resultados. Ele não comentou a violência deste sábado.

Banat, 43, era um ativista social que acusava o governo de Abbas de corrupção, que inclui o adiamento em maio de uma aguardada eleição. Banat tentaria se eleger como parlamentar nesta eleição. Abbas está no comando da Autoridade Palestina há 16 anos.

“Queremos uma reforma política completa que realmente reflita os interesses do povo”, disse Esmat Mansour, que participava da manifestação neste sábado.

Grupos de direitos humanos afirmam que o governo de Abbas prende críticos com frequência.

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