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Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e CVC (CVCB3): O que motivou a queda das ações nesta terça?

05 jul 2022, 20:05 - atualizado em 05 jul 2022, 20:05
Azul
Cenário desafiador pressiona as margens das companhias (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Os papéis das aéreas Gol (GOLL4), CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4) caíram nesta terça-feira (5).

Os ativos chegaram a figurar entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV), oscilando entre perdas de 3% e 5% pela manhã.

No entanto, conseguiram minimizar o desempenho negativo ao longo da sessão. As ações de Gol e CVC e Azul caíram 3,1% e 0,15% negociadas a R$ 8,74 e R$ 6,79, respectivamente. Já a Azul fechou estável, cotada a R$ 12,34.

Charo Alves, analista da Valor Investimentos, vê as quedas como um movimento de “ajuste de uma atmosfera negativa”.

Alves lembra que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) deve anunciar uma possibilidade mais agressiva de aperto monetário. Diante disso, a Bolsa prevê um ajuste para baixo no preço das ações das aéreas.

Romero Oliveira, também da Valor, afirma que o impacto nas companhias ocorre por conta do custo e da demanda.

“As aviações são diretamente impactadas com o cenário de aumento nos preços dos combustíveis, além do cenário inflacionário, que tende a diminuir a procura por viagens a turismo”, explica.

O analista pontua que o cenário desafiador pressiona as margens das companhias, pois a elevação nos preços do petróleo foi ágil e muito alta, fazendo com que as empresas não conseguissem repassar o preço na mesma velocidade.

Alves afirma que o setor aéreo depende do consumo da classe média.

“Com as passagens aéreas sendo ajustadas ao petróleo mais elevado, a inflação como um todo afeta o consumo, que é o que gera receita para esses setores”, destaca.

Cenários de curto e longo prazo

Para o curto prazo, Alves destaca que o cenário deverá continuar sendo desafiador para as aéreas nos próximos trimestres e acredita que as ações tendem a sofrer mais.

“Enquanto não existir uma visão mais clara sobre até onde vai acontecer o aumento nos juros e até onde a inflação vai assolar, as ações serão atingidas, pois são cases de muita oscilação”, explica.

Para o longo prazo, Alves acredita que é bom olhar para os papéis devido às janelas de desconto que a Bolsa brasileira oferece.

Segundo o analista da Valor, a Bolsa está muito barata quando comparado o indicador P/L (preço sobre lucro) das ações das empresas.

Alves destaca que as companhias estão entregando bons resultados, enquanto que o preço das ações de vários segmentos caiu muito.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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