BusinessTimes

Azul projeta queima de caixa diária, após posição do segundo trimestre

03 ago 2020, 7:31 - atualizado em 03 ago 2020, 7:51
Azul Linhas Aéreas AZUL4
As projeções demonstram uma posição de liquidez robusta o suficiente até o final de 2021, segundo executivo da companhia (Imagem: Azul Linhas Aéreas/LinkedIn/Reprodução)

Azul (AZUL4) informa que em 30 de junho de 2020, sua posição de caixa totalizou R$ 2,3 bilhões, ante R$ 2,2 bilhões no período anterior, e a uma projeção de R$ 2 bilhões para o final do segundo trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia aérea também havia estimado uma queima de caixa diária entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões em maio e junho, mas acabou aumentando a sua posição de caixa no mesmo intervalo.

Para o restante de 2020, a Azul estima uma queima de caixa média de aproximadamente R$ 3 milhões diariamente, sem amortização de dívidas, resultante das negociações em andamento com seus parceiros financeiros.

“As projeções demonstram uma posição de liquidez robusta o suficiente até o final de 2021, mesmo sem um aumento de capital, principalmente devido ao progresso em suas negociações com tripulantes, bancos e arrendadores, além da recuperação mais rápida do que antecipada da capacidade e demanda”, enfatiza o comunicado da companhia.

Ainda assim, a Azul pondera que em razão da demanda incerta, a empresa tem a intenção de captar recursos em um momento oportuno para aumentar seu colchão de liquidez.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nas palavras do CFO da Azul, Alex Malfitani, graças ao apoio de parceiros e à dedicação de tripulantes, consegui-se aumentar a posição de caixa da companhia aérea no 2° trimestre do ano, que foi sem dúvida o mais desafiador da história da indústria da aviação.

“O plano de recuperação da Azul está sendo bem sucedido. Conseguimos satisfazer nossa necessidade de liquidez de curto prazo, e estamos confiantes em nossa habilidade de atravessar esta crise e restaurar nossa posição como uma das mais rentáveis empresas aéreas da região”, complementa Malfitani.

Fusão da Azul com a Latam: até onde você deve apostar seu dinheiro nisso?

Quem especula sobre o assunto lembra dois fatos (Imagem: Reuters/Ivan Alvarado)

Desde o dia 19 de julho, circulam pela imprensa e pelo mercado rumores de que a Azul (AZUL4) poderia se unir à operação brasileira da Latam, seja via aquisição, seja via fusão. Quem especula sobre o assunto lembra dois fatos. O primeiro é o acordo de compartilhamento de voos (codeshare) celebrado pelas duas em meados de junho, para surpresa do mercado.

O outro é uma declaração do presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, à CNN Brasil Business, também naquela época. Na entrevista, o executivo não descartou que uma fusão entre ambas possa ocorrer no futuro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em contrapartida, o presidente da Azul , John Rodgerson, já negou publicamente que a empresa tem planos de se unir à Latam, cuja matriz, no Chile, entrou em recuperação judicial em maio. Em julho, a subsidiária brasileira também se juntou à sua controladora.

O assunto voltou à tona, quando o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Estadão, informou que havia estudos em curso sobre a eventual fusão. Desde então, os analistas e investidores se perguntam: quanto devem apostar nesse cenário?

Veja o comunicado da Azul:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.