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B3 (B3SA3): Itaú BBA tem uma ‘pitada de esperança’ na bolsa; hora de investir?

05 abr 2024, 12:55 - atualizado em 05 abr 2024, 12:55
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B3 tem recomendação elevada para outperform pelo Itaú BBA e Santander (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Itaú BBA e o Santander elevaram para outperform (desempenho esperado acima da média do mercado equivalente a “compra”) suas recomendações para a B3 (B3SA3). Ambas casas têm preço-alvo em R$ 15.

Nesta sexta-feira (5), as ações da bolsa brasileira operam em alta, tendo aberto o pregão com salto de mais de 1%. Por volta das 12h40, tinha avanço de 0,25%, a R$ 11,99.

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O analista Pedro Leduc e equipe do BBA avaliam que há um clima de mau humor na Faria Lima — conhecida como coração do mercado financeiro –, com o Ibovespa (IBOV) acumulando uma queda de 3,4% no ano, enquanto a taxa de juros tanto no Brasil quanto no exterior seguem pressionando os mercados.

Ele destaca ainda que as entradas de fundos não aumentaram, enquanto as saídas estrangeiras foram “enormes”. Neste cenário, Leduc destaca que parece “um daqueles momentos extremos de baixa que eventualmente prova ser um ponto de entrada”.

A elevação para outperform, segundo ele, ocorre principalmente devido à assimetria distorcida para cima nas avaliações.

“Também podemos receber algum apoio por meio de melhores lucros, já que o 1T24 salta 6% em termos trimestrais em relação aos mínimos do 4T, graças a melhores margens. Nosso valor justo de R$ 15/ação no final de 2024 implica uma valorização de 25% a 18x P/E’24 ou 16x P/E’25E”, explica.

Apesar disso, o BBA destaca que segue tendo como principal escolha no mercado de capitais brasileiro o BTG Pactual (BPAC11). “B3 é mais uma avaliação/chamada tática”.

A pitada de esperança do BBA

Embora a avaliação ajude e o macro deva ficar positivo, apontam que nem tudo são flores para a B3.

“Os preços e custos a longo prazo ainda não quebraram a tendência negativa. Os caminhos dos negócios de dados estão levando mais tempo e investimentos para amadurecer. A concorrência potencial por depositários e exchanges está ganhando cada vez mais manchetes”, avaliam.

“Estamos retratando esta atualização mais como uma chamada comercial de avaliação, com uma pitada de esperança de que os lucros (e as revisões) já passaram do pior”, dizem.

Avaliação do Santander para B3

Em relatório divulgado na quarta-feira (3), o Santander também elevou uma recomendação para B3, embora tenha cortado o preço-alvo de R$ 17 para R$ 15.

“Com B3SA3 caindo ~20% no acumulado do ano; uma possível taxa Selic de um dígito logo ali; e os investidores estrangeiros mais construtivos em relação às ações brasileiras (pelo menos no sentimento) do que antes, estamos elevando as ações da B3 para outperform”, explica o relatório assinado por Henrique Navarro e equipe.

Navarro destaca que nas recentes interações com investidores estrangeiros, o banco tem observado um clima
mais construtivo em relação às ações brasileiras.

“Acreditamos que quando e se o fluxo estrangeiro vier para o Brasil (para nós, é mais uma questão de ‘quando’ do que de ‘se’), a B3 poderá ser um veículo para esses investimentos”.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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