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Balanço da Minerva bateu o mercado, apontam analistas

29 jul 2020, 12:00 - atualizado em 29 jul 2020, 12:00
(Imagem: Instagram/Minerva)

O balanço do 2º trimestre da Minerva Foods (BEEF3) bateu as expectativos do mercado, de acordo com os analistas do BTG Pactual e Credit Suisse.

A empresa registrou lucro líquido de R$ 253,4 milhões no segundo trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 113,3 milhões em igual período de 2019, enquanto o desempenho operacional foi recorde para o período, conforme balanço financeiro divulgado nesta terça-feira.

O Ebitda atingiu R$ 590,2 milhões, o maior patamar para um segundo trimestre, com crescimento de 62% no comparativo anual e margem Ebitda também recorde de 13,4%, expansão de 440 pontos-base ante o segundo trimestre do ano passado.

Com isso, a alavancagem líquida do trimestre, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda dos últimos 12 meses encerrados em junho, foi de 2,6 vezes, o menor patamar dos últimos 12 anos. Em dólar, a alavancagem líquida encerrou o trimestre em 2,2 vezes.

Análise

Os analistas do Credit acreditam que a Minerva continuará se beneficiando de um cenário favorável para a exportação de carne bovina nos próximos trimestres, tendo em vista o grande déficit no mercado mundial de proteínas devido a peste suína africana.

“No entanto, acreditamos que o aumento dos preços do gado em julho (11,6% acima da média do 2 trimestre) reflete a oferta mais restrita de novilhos gordurosos que esperamos para 2020/21, dado o momento menos favorável do ciclo do gado em Brasil”, afirmou o banco.

Assim, contando que aproximadamente 80% dos custos da companhia estão relacionados à compra de gado, o Credit não prevê nenhum alívio nos valor da empresa para os próximos trimestre, o que, segundo eles, os impede de ser otimistas.

Carne-Minerva
De acordo com o BTG, a Minerva continua sendo uma sólida história de sustentação e execução consistente (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A visão do BTG já é um pouco diferente, já que o banco acredita que a dinâmica do lucro deve permanecer forte no segundo semestre do ano.

“A demanda chinesa está lá (40% das exportações da Minerva), já que o rebanho suíno ainda deve levar algum tempo para reconstruir e a carne bovina claramente abriu seu caminho como um substituto adequado. A carne bovina da América do Sul continua a observar um crescente mercado de exportação endereçável, e um dólar ainda forte deve garantir que os custos do gado no Brasil permaneçam competitivos”, informou o BTG.

De acordo com eles, a Minerva continua sendo uma sólida história de sustentação e execução consistente. Com um ativo mais diversificado e expectativas de um dividendo mais forte, as ações da companhia devem ficar acima dos múltiplos históricos a frente, afirmou o banco no documento enviado ao mercado.

Sendo assim, o Credit Suisse deu recomendação neutra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 13, enquanto o BTG Pactual recomendou a compra dos ativos e um preço-alvo de R$ 17.

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Jornalista | Analista de Marketing
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