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Banco Central britânico vê recuperação econômica mais lenta do impacto do coronavírus

06 ago 2020, 7:41 - atualizado em 06 ago 2020, 7:41
Andrew Bailey
“Francamente, estamos prontos para agir, se isso for necessário”, disse a repórteres o presidente do banco central, Andrew Bailey (Imagem: Tolga Akmen/Pool via REUTERS)

O banco central britânico afirmou que a economia do Reino Unido provavelmente levará mais tempo para voltar ao tamanho pré-pandemia do que se imaginava antes, mas ainda avalia os riscos de cortar os juros abaixo de zero para impulsionar o crescimento.

Ao anunciar decisão unânime de suas autoridades para manter a taxa de juros em 0,1% e não realizar mudanças em seu enorme programa de compra de títulos, o Banco da Inglaterra disse que sua economia não irá se recuperar para níveis pré-pandemia até o final de 2021.

Em maio, ele havia dito acreditar que a economia poderia voltar ao tamanho anterior ao coronavírus na segunda metade de 2021.

“Francamente, estamos prontos para agir, se isso for necessário”, disse a repórteres o presidente do banco central, Andrew Bailey.

Sobre juros negativos, Bailey afirmou: “Eles fazem parte de nossa caixa de ferramentas…Mas no momento não temos planos de usá-los.”

As projeções do Banco da Inglaterra para 2020 são menos sombrias do que em maio. O desemprego deve chegar ao pico de 7,5% no final deste ano, quase o dobro da taxa mais recente mas abaixo da estimativa anterior de pouco menos de 10%.

A economia geral deve sofrer contração de 9,5% este ano. Esse seria o pior desempenho em 99 anos mas menos que o cenário de maio do banco central de uma queda de 14%, que teria sido o pior em mais de três séculos.

BoE Banco da Inglaterra Londres Reino Unido
As projeções do Banco da Inglaterra para 2020 são menos sombrias do que em maio. O desemprego deve chegar ao pico de 7,5% no final deste ano (Imagem: Reuters/Henry Nicholls)

As projeções também mostraram que a inflação deve ir abaixo de zero este mês antes de retornar para perto da meta de 2% ao longo dos próximos anos, e subir para 2,2% em 2023.

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