Banco Central da França irá realizar testes do euro digital

O Banco Central da França lançou um programa experimental para testar a integração do euro digital em procedimentos de negociação.

Na última segunda-feira, 30 de março, o banco central declarou que o programa tem um objetivo triplo: mostrar como acordos interbancários tradicionais podem ser realizados usando uma moeda digital emitida por um banco central (CBDC, na sigla em inglês), identificar suas vantagens e analisar os efeitos da moeda na estabilidade financeira e política monetária.

“O objetivo é explorar as potencialidades fornecidas por essa tecnologia e identificar casos concretos ao integrar Moedas Digitais Emitida por um Banco Central em procedimentos inovadores para compensações e acordos de ativos financeiros tokenizados”, afirmou o banco central.

Para esse fim, o banco central precisa de inscrições. Candidatos devem estar na União Europeia ou em um Estado-parte do acordo do Espaço Econômico Europeu (EEA) e suas inscrições devem incluir uma proposta de um experimento que inclua, pelo menos, um desses três casos de uso:

Pagamentos com o uso de um token, representando dinheiro do banco central, 1) para a entrega de um instrumento financeiro listado ou não listado, 2) com uma moeda digital de outro banco central, e 3) com ativos digitais conforme definidos no Artigo L. 54-10-1 e 2 do Código Monetário e Financeiro da França.

“O Banco da França não irá se envolver na criação de dinheiro no contexto desses experimentos. O token que reflete a quantidade em euros na forma digital será destruído no fim do dia útil em que o pagamento foi realizado.”

Candidatos devem enviar suas inscrições até o dia 15 de maio. O banco central irá realizar entrevistas em junho e anunciar os candidatos selecionados no dia 10 de julho.

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O banco central afirmou que o desafio desses experimentos será em não substituir cédulas e moedas.

De início, o banco deu dicas de que planejava realizar experimentos com CBDCs em dezembro. Na época, François Villeroy de Galhau, presidente do banco central, declarou:

A criação de uma moeda digital emitida por banco central (CBDC) […] não é uma pré-condição nem uma garantia de pagamentos mais eficazes.

Porém, nós, como bancos centrais, devemos e queremos atender ao chamado da inovação em uma época em que iniciativas privadas — principalmente pagamentos entre players financeiros — e tecnologias estão se intensificando, além do aumento da demanda pública e política.

Outros países já pavimentaram o caminho. Agora cabe a nós desempenharmos nosso papel, tanto de forma ambiciosa quanto metódica.

O Banco Central Europeu (BCE) comentou estar disposto a emitir sua própria criptomoeda se o setor privado falhar em tornar pagamentos internacionais mais rápidos e baratos.