Comprar ou vender?

Banco do Brasil (BBAS3) teria o maior lucro do setor se não fosse pela Americanas (AMER3), dizem analistas; entenda

09 nov 2023, 12:19 - atualizado em 09 nov 2023, 14:18
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Banco do Brasil cai em pregão pós-resultados (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Investidores repercutem nesta quinta-feira (9) os resultados do Banco do Brasil (BBAS3). Com lucro líquido de R$ 8,78 bilhões, a companhia aparentemente não agradou os investidores, que estão penalizando as ações nesta quinta-feira (9), com uma queda superior a 2%.

O resultado também não atingiu a expectativa de analistas. A Genial Investimentos, por exemplo, viu a última linha do balanço da empresa ficar abaixo das projeções, interrompendo a sequência de crescimento trimestral.

No entanto, a corretora destaca que o resultado permanece sólido. A instituição menciona o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do trimestre de 20,8%, o que coloca o BB em nível semelhante ao Itaú (ITUB4) e à frente de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) em termos de rentabilidade.

Para o Bradesco BBI, o Banco do Brasil registrou outro trimestre sólido, com crescimento ainda robusto da margem financeira (acima de 20% em base anual) e melhoria significativa na qualidade dos ativos de pessoas físicas, o que pode apontar para uma potencial aceleração gradual no segmento.

Então… o que aconteceu?

As ações do Banco do Brasil recuavam 2,83% por volta das 12h19 desta quinta. O setor bancário, no geral, enfrenta um pregão de baixa, mas o BB se sobressai.

Na avaliação da Genial, o terceiro trimestre foi negativamente afetado pela necessidade de provisões adicionais para os “créditos problemáticos” relacionados à Americanas (AMER3), resultando em aumento de R$ 507 milhões nas despesas de provisões para devedores duvidosos (PDD).

“Caso não fosse pelo impacto causado pela varejista, acreditamos que o Banco do Brasil teria potencial para apresentar o maior lucro entre os grandes bancos, competindo diretamente com o Itaú pelo título nesse trimestre”, afirma.

Em paralelo, o BBI menciona que a inadimplência corporativa se deteriorou mesmo excluindo os impactos de “um caso específico”, mas principalmente devido ao segmento de PME (pequenas e médias empresas), que permanece abaixo da média histórica e deve normalizar gradualmente para níveis pré-pandemia.

Enquanto isso, a XP Investimentos afirma que, apesar do aumento das provisõ, o índice de cobertura continua saudável.

Considerando os resultados acumulados dos primeiros nove meses de 2023, o Banco do Brasil está caminhando bem para cumprir o seu guidance, acrescenta a corretora.

Por que comprar BBAS3?

Analistas seguem otimistas com a ação. Para a XP, mesmo com a alta em 2023, o Banco do Brasil está “altamente descontado”, com valuation atrativo de 4,4 vezes preço/lucro para 2024. Portanto, a recomendação da casa é de compra, com preço-alvo ao fim de 2024 de R$ 61.

Para a Genial, a recomendação de BBAS3 também é digna de compra pelos múltiplos atrativos. O preço-alvo para ano que vem é de R$ 64,90, com um dividend yield (rendimento do dividendo) “interessante” de 10,39%.

O BBI também tem recomendação de compra para Banco do Brasil. Os analistas reconhecem que os spreads registraram números sólidos, enquanto as despesas operacionais foram controladas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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