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Banco Inter (BIDI11) pode dobrar de valor, mas precisa puxar o freio no crédito duvidoso

25 fev 2022, 14:45 - atualizado em 25 fev 2022, 14:45
Banco Inter
O Inter decidiu realizar uma baixa contábil de R$ 73 milhões em créditos inadimplentes em seu balanço do quarto trimestre de 2021 (Imagem: Facebook/ Banco Inter)

O Banco Inter (BIDI11) tem o potencial para dobrar de valor na Bolsa, mas precisa puxar o freio no crédito duvidoso para crescer com qualidade, avalia o BB Investimentos em um relatório enviado a clientes após a apresentação do seu balanço do quarto trimestre de 2021.

Na avaliação do analista Rafael Reis, o banco entregou um resultado negativo, com lucro líquido recorrente de R$ 6 milhões – queda de 67,1% na comparação anual.

Os números foram afetados pela baixa de créditos inadimplentes em R$ 73 milhões, o que foi endereçado como uma manobra análoga a despesas de provisão relacionada à carteira de cartões de crédito.

Já os destaques positivos ficaram por conta do “ímpeto no ritmo de crescimento em todas as vertentes – carteira de crédito, receitas de
serviços diversos e número de clientes, tendo este último atingido a marca de 16,3 milhões no trimestre”.

Velocidade não é nada sem controle

Segundo Reis, a manobra de reconhecer os créditos inadimplentes revelou uma fragilidade do lado da qualidade de crédito do Inter, “em um já desfavorável momento em que o mercado vem elevando o ceticismo com o case de crescimento sem rentabilidade”.

O analista ressalta que, durante a teleconferência de resultados, o banco apontou que buscará crescer menos na linha de crédito e que está investindo nas áreas de risco e modelagem de crédito.

“O Inter ameniza o amargor do deslize no crédito, mas não consegue deixar de ofuscar alguns excelentes itens de seu resultado, como a redução do Custo de Aquisição de Clientes, o incremento do Take Rate no Inter Shop e a robusta expansão da base de clientes”, diz Reis.

Ele revisou o preço-alvo de R$ 75 para R$ 51, o que ainda representa um potencial de valorização de quase 150%.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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