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Bank of America aumenta aposta em bancos brasileiros, e ações disparam

03 set 2020, 12:23 - atualizado em 03 set 2020, 12:35
BBAS3 Banco do Brasil
Os bancos, na visão dos estrategistas, se beneficiariam de qualquer fluxo de investidores estrangeiros (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Estrategistas do Bank of America para a América Latina elevaram a recomendação de ações do setor financeiro no Brasil para “marketweight”, avaliando que as mesmas já foram “suficientemente negligenciadas”, o que respaldava forte valorização dos papéis de bancos no Ibovespa (IBOV).

Em relatório a clientes nesta quinta-feira, eles destacaram que esses papéis estão bastante distantes da performance do Ibovespa no acumulado do ano, devido à sua natureza cíclica e ao novo ambiente de juros baixos.

No entanto, ressaltou a equipe liderada por David Beker, indicadores antecedentes apontam uma recuperação macro no Brasil, com os indicadores de confiança todos aumentando em agosto, enquanto os “valuations” parecem atrativos.

Os bancos, na visão dos estrategistas, se beneficiariam de qualquer fluxo de investidores estrangeiros, pois são “large caps” líquidas, respondendo por quase 30% do Ibovespa.

“Além disso, o ruído sobre possíveis mudanças regulatórias e de tributação que poderiam afetar os bancos parece ter diminuído”, observaram, citando que não mudaram a recomendação para “overweight” em razão de ROEs em mínimas históricos, spreads em queda e incerteza geral dos lucros.

“Aumentamos nossa alocação para Bradesco, Itaú e Banco do Brasil (somente carteira Brasil) e também B3 (B3SA3), da qual continuamos gostando, dados os volumes de negociação crescentes.”

Por volta de 12:20 (horário de Brasília), Itaú Unibanco (ITUB4) subia 4,5%, Bradesco (BBDC4) avançava 4,8%, Banco do Brasil (BBAS3) tinha alta de 4,3% e Santander Brasil (SANB11) valorizava-se 5%, enquanto o Ibovespa tinha acréscimo de 0,75%. Ainda, B3 operava perto da estabilidade.

No acumulado do ano, enquanto o Ibovespa acumula queda de 11,2%, Itaú perde 29%, Bradesco recua 32%, BB cai 32,5% e Santander Brasil contabiliza declínio de 35,5%.

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