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Batata, cebola, tomate: Preços das hortaliças têm queda no atacado em fevereiro, aponta Conab

16 mar 2023, 11:03 - atualizado em 16 mar 2023, 11:04
Batata Agricultura
Além disso, houve um recuo no volume exportado de frutas no 1º bimestre de 2023, na ordem de 9,4%; leia mais sobre (Imagem: Unsplash/@eprouzet)

Hortaliças como a batata, cebola e tomate registraram preços mais baixos em fevereiro na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. É o que mostram os dados do 3º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (16).

De acordo com o estudo, apenas a cenoura teve alta nos preços em quase todas as Ceasas analisadas. Já no caso da cebola e do tomate, o movimento de queda nas cotações já vinha ocorrendo desde os meses anteriores.

A cebola teve um pico de preços em novembro de 2022. Porém, a partir daí, houve quedas intensas, mesmo com a menor oferta em alguns períodos.

Para o tomate, a diminuição não foi unânime, o que se reflete nos percentuais da média ponderada. No mês passado, houve queda de 5,08% em comparação com a média de janeiro.

Já a batata passou por altas consecutivas de setembro de 2022 a janeiro deste ano, mas em fevereiro os preços cederam na maioria das Ceasas. A exceção ficou com a Ceasa/DF – Brasília, que registrou alta de 6,69%.

A oferta vem se mantendo quase estável. Ainda assim, a queda dessa hortaliça nos dois primeiros meses do ano não foi suficiente para pressionar os preços para cima.

Cenoura em alta

Quanto à cenoura, o Boletim Prohort mostra que os percentuais de alta foram bastante significativos. A média ponderada das Ceasas ficou 44,22% superior à registrada em janeiro, mês em que a média havia subido 36,43% em relação a dezembro.

A principal razão para isso foram as chuvas acima da média nas regiões produtoras do sudeste. O fator climático ocasionou pouca oferta desta cultura nas centrais de abastecimento, que ocorreu desde janeiro em relação a dezembro, quando os preços sofreram reversão.

Em relação aos preços, a maior alta nas cotações da cenoura foi no Distrito Federal, onde o aumento de 113,62%, custando em média R$ 4,11 o quilo. Os preços da cenoura também subiram destacadamente na Ceasa de Rio Branco/AC, que com o aumento de 89,6% passou a custar R$ 6,56/kg, e na Ceasa de Curitiba/PR, com percentual de 65,33% e custo de R$ 2,59/kg.

Frutas

Já em relação às frutas, apenas a banana deu alguns sinais de preços baixos em mercados de grande comercialização no mês passado. O destaque para as Ceasas localizadas em Goiânia/GO, com queda de 11,69%, e de Belo Horizonte/MG, que teve recuo de 11,62%, onde a fruta chegou a ser vendida por R$ 4,88/kg e R$ 3,55/kg, respectivamente.

A laranja passou por uma diminuição moderada na oferta, ocasionada pela redução na colheita no campo por causa das chuvas que causaram problemas logísticos. Houve também aumento das cotações devido à elevação da demanda no varejo por causa do calor, entre outros fatores.

Aliás, a demanda da indústria produtora de suco de laranja continuou alta. As exportações também subiram e a perspectiva anual para as vendas externas é positiva.

O mamão manteve a tendência de alta, permanecendo em patamares elevados de preços. A oferta do papaya continuou baixa e as exportações diminuíram justamente por conta da menor disponibilidade interna do produto.

Quanto à melancia, houve queda da produção gaúcha e aumento no sul baiano, com a presença de frutas de qualidade. Os empresários do ramo nessas regiões tiveram boa rentabilidade. Já as exportações diminuíram devido ao menor volume potiguar produzido e à elevação dos preços do frete marítimo.

Por fim, a maçã teve movimento diferente, uma vez que os preços caíram e a comercialização subiu na maioria das Ceasas. Isso reflete a chegada da safra da maçã gala aos mercados, atrasada em um mês pela estiagem no Rio Grande do Sul.

A colheita da safra da fuji se intensificará em fins de março e início de abril, quando começa a temporada de exportações, com o aumento do volume colhido. Por outro lado, as importações devem diminuir com a chegada da nova safra.

Exportações

Ainda de acordo com o Boletim Prohort, o volume exportado de frutas, considerando janeiro e fevereiro de 2023, foi de 158,5 mil toneladas. A quantidade é 9,4% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

No entanto, em termos monetários, o valor total das exportações é de mais de US$ 155,4 milhões, avanço de 5,7%. Destaque para as reduções consideráveis na exportação de melões (-12,8%), bananas (-20,1%), mamões (-17,5%) e pêssegos (-55%), frente ao ano passado. As mangas tiveram aumento de 4,8% na quantidade exportada pelo Brasil: foram 16,8 mil toneladas nos dois primeiros meses deste ano.

Confira mais destaques do Boletim Prohort no documento abaixo:

Nessa semana, foi divulgado também o levantamento das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, que segundo analista da Scot Consultoria, deve confirmar uma virada no ciclo de preço do boi gordo em 2023

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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