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BBAS3, ITUB4, BBDC4 ou SANB11? Guide aponta ação com maior potencial de retorno no curto prazo

23 ago 2023, 15:49 - atualizado em 23 ago 2023, 15:49
Banco do Brasil
Apesar de ter mais risco que o Itaú, a ação do Banco do Brasil carrega maior potencial de valorização no curto prazo, de acordo com a Guide Investimentos (Imagem: REUTERS/Leonardo Benassato)

A Guide Investimentos reforçou a preferência pelas ações de Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) dentro do universo dos bancos incumbentes, passada a temporada dos resultados do segundo trimestre.

Como esperado, os bancos se dividiram em dois grupos de performance, com Itaú e BB se destacando positivamente, enquanto Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4) ficaram para trás.

No segundo trimestre, o Santander e o Bradesco viram a rentabilidade, mensurada pelo ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), cair “de forma abrupta”, destaca a corretora.

O Bradesco revisou algumas linhas de seu guidance para 2023, o que deixou as perspectivas dos analistas mais pessimistas para a instituição financeira.

Dentre as alterações, o destaque fica para a queda das projeções de crescimento para a carteira de crédito expandida, com o percentual atualizado para a faixa de 1-5% (de 6,5-9,5% anteriormente). Ainda, a estimativa para a margem financeira passou a ser de 2-6%, de 7-11% no guidance anterior.

Em paralelo, o Bradesco reafirmou a manutenção dos mesmos níveis de PDD (provisões), em R$ 36,5-39,5 bilhões.

“Por outro lado, o Banco do Brasil está no seu melhor momento histórico, enquanto o Itaú vem conseguindo mostrar trajetória de recuperação desde o início da pandemia”, acrescenta a Guide.

Maior potencial no curto prazo

A Guide enxerga o Banco do Brasil com o maior potencial de retorno no curto prazo, embora reconheça que o ativo carrega mais risco que o Itaú, outro nome defendido pela equipe de análise. Na opinião da corretora, o desconto dado para as ações da estatal é exagerado.

“O banco é punido por seu controle estatal, mas acreditamos que há uma superestimação do poder de interferência estatal nos moldes que o banco está estruturado hoje, de forma muito mais independente e com alinhamentos de interesse entre gestão e acionistas (bônus variável atrelado também ao preço da ação)”, defende.

No caso do Itaú, a Guide vê o prêmio dos papéis como justificável.

“[O prêmio] vem sendo reafirmado nos diferenciais de performance que vem sendo entregues nos últimos resultados”, comenta. “O banco, com excelente track record e ótima governança, consegue crescer sua margem financeira, expandir a carteira de crédito e realizar tudo isso com um controle de inadimplência acima da média do setor.”

Para Bradesco e Santander, a recomendação é “neutra”. Analistas afirmam que os valuations dos dois bancos estão pouco atrativos e é preciso esperar por melhorias “mais claras” de resultados para adotar um viés mais positivo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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