Política

Banco Central perde parte da ala ‘hawkish’ em breve; quem vai entrar?

24 out 2023, 14:00 - atualizado em 24 out 2023, 14:00
Haddad vai escolher os novos nomes do Banco Central
Duas cadeiras serão abertas no Banco Central até o fim do ano; governo vai ter indicado 4 nomes, de um total de 9 do Copom (Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

O mercado está atento aos sinais emitidos pelo governo em torno dos novos nomes do Banco Central. A ala considerada mais “hawkish”, ou seja, que defende uma política monetária mais contracionista, deve perder força com a saída de dois nomes.

Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais, e Mauricio Moura, diretor de Relacionamento, deixam a autarquia no fim do ano, com a expiração do mandato, e serão substituídos por indicações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ele já antecipou os nomes indicados às vagas para o presidente Lula, e eles devem ser anunciados até o final da semana, de acordo com fala do ministro da última segunda (23). O objetivo é fazer com que eles passem pelo Senado ainda esse ano. Com isso, o governo terá indicado 4 de 9 nomes que compõe o Copom (Comitê de Política Monetária).

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Banco Central pode ficar mais ‘acomodatício’ ao governo

De acordo com o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, “o destaque dos nomes é grande”, pois, segundo ele, o mercado tem uma apreensão “para saber o quão mais acomodatício [ao governo] deverá ficar o comitê”

Sanchez avalia que os diretores que vão deixar o BC “são dois dos mais hawkish do board”. Alguns nomes cotados para as vagas são:

  • Rodrigo Monteiro, servidor do BC que já foi sondado na última leva de indicações;
  • Marcelo Kayath, ex-diretor do Credit Suisse e atual dono da QMS Capital;
  • Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do BC na gestão de Dilma;
  • Raquel Nadal César Gonçalves e Débora Freire Cardoso, servidoras da Fazenda, Secretaria de Política Econômica.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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