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Bill Gates só vê vantagens na popularização dos carros autônomos; entenda por quê

01 abr 2023, 9:00 - atualizado em 31 mar 2023, 16:17
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Bill Gates curtiu: carros autônomos como os do filme Minority Report estão mais perto de virar realidade (Imagem: Reprodução/ Fox)

Bill Gates mudou o mundo com a Microsoft – e isso não é um exagero. Antes dos softwares desenvolvidos pela sua empresa, operar o mais simples dos computadores era uma tarefa para programadores e nerds em geral. Para alguém que chegou a esse nível, pode-se pensar que nada mais o impressiona, mas o bilionário está fascinado por uma nova invenção: os carros autônomos.

Recentemente, Gates dedicou um dos textos de seus site pessoal, o GatesNotes, ao tema. “Estou empolgado com o dia em que poderei entregar o controle do meu carro a uma máquina”, escreveu, para acrescentar em seguida que este dia está mais perto do que se pensa.

Baseando-se numa escala de desenvolvimento criada pela Sociedade Americana de Engenharia (SAE), Gates explica que estamos num ponto de virada a fase 2 para a 3, isto é, de veículos controlados por humanos, mas que oferecem alguma assistência de direção, como sensores para nos manter na faixa certa, para veículos verdadeiramente autônomos, mas que só podem transitar em condições específicas.

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(Elaboração: SAE)

Ele cita que, recentemente, o mundo viu o primeiro carro autônomo da fase 3 receber autorização para transitar. As regras, no entanto, são bastante rígidas e específicas: ele só poderá rodar abaixo de 40 milhas por hora (64 quilômetros por hora) numa determinada rodovia do Estado de Nevada – e apenas em dias ensolarados. “Ao longo da próxima década, começaremos a ver mais veículos cruzando essa fronteira”, prevê o bilionário.

Carros autônomos chegarão em etapas, estima Bill Gates

A era dos carros 100% autônomos, que poderão rodar sem nenhuma restrição, no entanto, parece bem mais distante. Além disso, ela também chegará em etapas. Gates aposta que os primeiros a completarem a transição serão os grandes caminhões de transporte rodoviário. Em seguida, chegarão os veículos de delivery urbanos.

Os meios de transporte urbanos, como os táxis, e os veículos ofertados por locadoras, serão os próximos. Somente quando a tecnologia estiver suficientemente amadurecida por tais usos, é que chegará o momento em que poderemos nos sentar em nossos carros, programarmos nosso destino, relaxarmos e deixarmos que ele faça o resto.

“Este tipo de mudança está, provavelmente, décadas à nossa frente, se é que acontecerá de fato”, pondera Gates. E, mesmo que este dia chegue, muitas pessoas poderão se sentir desconfortáveis em embarcar num carro sobre o qual não terão controle. “Mas eu acredito que os benefícios irão convencê-las”, diz.

Assista à experiência de Bill Gates num carro autônomo pelo centro de Londres

Entre as vantagens listadas pelo bilionário, estão a possibilidade de os carros autônomos se tornarem mais baratos que os carros conduzidos por humanos; o uso do tempo da viagem para outros fins que não sejam o de dirigir, como ler, trabalhar ou assistir à sua série favorita durante o percurso.

Gates acrescenta que os carros autônomos também contribuirão para afastar o fantasma do desastre ambiental, já que a maioria é elétrica, e, portanto, não emite os gases poluentes dos motores a combustão.

É claro que ainda há desafios pela frente, admite o fundador da Microsoft. Um deles é a regulamentação dos veículos. As ruas e rodovias terão pistas exclusivas para veículos autônomos? Carros guiados por humanos poderão trafegar nas mesmas vias? E, claro, há sempre o incontornável problema da responsabilidade das partes, caso um veículo autônomo se envolva num acidente. De quem será a culpa? Das pessoas a bordo? Da desenvolvedora do software? Da montadora?

Apesar dos desafios tecnológicos e das questões legais que ainda precisam ser respondidas, Gates não consegue esconder a euforia. “Este é um tempo empolgante, e eu mal posso esperar para ver as novas possibilidades que serão abertas [pelos carros autônomos]”, resume.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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