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Bitcoin (BTC): Como as doações com a criptomoeda ajudam a Ucrânia; entenda

26 fev 2022, 13:08 - atualizado em 26 fev 2022, 13:18
Ucrânia
Bitcoin: a principal alternativa para doações à Ucrânia (Imagem: Reuters/Gleb Garanich)

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, na madrugada da última quinta-feira (24), as doações em criptomoedas, especialmente em bitcoin (BTC), para grupos de ajuda e de defesa da Ucrânia se intensificaram.

A organização não governamental “Come Back Alive” (“Retorne Vivo”, em tradução livre), com sede na capital da Ucrânia, Kiev, havia arrecadado quase US$ 700 mil em BTC na quinta-feira.

Na manhã do dia seguinte (25), havia recebido outros US$ 3,4 milhões em bitcoin, sendo que US$ 3 milhões vieram de um único doador, segundo dados da empresa de análise de blockchain Elliptic.

Neste sábado (26), o endereço ao qual são enviadas as doações em bitcoin já contava com mais de US$ 5,5 milhões em BTC.

“Come Back Alive” distribui suprimentos aos soldados do país e tem financiado as forças armadas da Ucrânia por meio de diversas plataformas. A organização lista o endereço de sua carteira em bitcoin sob as opções de contribuição em seu site.

Segundo Jess Symington, líder de pesquisa da Elliptic, “este é potencialmente um novo fator em situações complexas – a ideia de arrecadação de fundos e financiamento coletivo (‘crowdfunding’) para tentativas de defesa”.

De acordo com o site Business Insider, dois fatores tornam as criptomoedas atrativas como forma de doação, em situações de conflito.

O primeiro fator é o fato de serem descentralizadas, o que significa que podem ser acessadas mesmo quando bancos estão em crise ou em instabilidade e a moeda nacional está flutuando em valor.

Desde o início da invasão da Ucrânia, cidadãos do país estão com acesso limitado a moedas e saques de dinheiro, o que torna o bitcoin e as criptomoedas uma opção, devido à sua natureza descentralizada.

Segundo o diretor da Republic Crypto, Andrew Durgee, “criptomoeda é configurada para ser um dinheiro descentralizado, sem fronteiras, então, certamente, está encontrando um momento de alta utilidade em meio à crise na Ucrânia.”

O fundador e CEO da MinersDeFi, Junior Theomou, concorda com a opinião de Durgee. Para ele, criptomoedas são uma ferramenta que pode fornecer suporte financeiro durante uma crise.

“No pior dos cenários, um banco pode ser tomado pela oposição, assim como fizeram os militares russos. Mas a moeda digital descentralizada não pode ser tomada”, disse Theomou.

O segundo fator que torna o bitcoin e as demais criptomoedas ferramentas valiosas no envio de ajuda é o fato de elas serem difíceis de serem rastreadas.

Visto que as criptomoedas são armazenadas e asseguradas em blockchain, essas doações são mais seguras que as feitas com moedas fiduciárias.

Para o cofundador e diretor de operações do Bitcoin IRA, Chris Kline, apesar de as doações em criptomoedas não serem novidade, a invasão da Ucrânia pela Rússia será um ambiente para testar a eficácia de usar cripto como forma de ajuda aos grupos de ajuda e defesa.

“Esta é a primeira vez que criptomoeda será usada em um acontecimento geopolítico dessa magnitude. Este é um território desconhecido, mas, quando há um grupo de pessoas tentando ajudar outras financeiramente, o modo mais eficiente de ajudar é por meio de cripto”, afirmou o cofundador.

Para Kline, o bitcoin deverá ser a moeda mais usada para as doações, visto que é a maior do mercado. Outras criptomoedas, como cardano (ADA) e litecoin (LTC) também poderiam ser usadas, segundo ele.

No entanto, ethereum (ETH) e solana (SOL) tem uma utilidade diferente e “parecem não atender muito o propósito desse acontecimento em particular”, acrescentou Kline.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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