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Bitcoin (BTC): Criptomoedas derreteram no sábado e ensaiam recuperação; entenda o que aconteceu

19 jun 2022, 9:52 - atualizado em 19 jun 2022, 9:52
Bitcoin (BC) hoje
Resumo diário sobre o Bitcoin, o mercado de criptomoedas e das finanças descentralizadas. (Imagem: Pixabay/salesblog_at)

Neste sábado (18), o Bitcoin (BTC), principal criptomoeda do mundo, caiu para abaixo de US$ 20 mil, atingindo seu patamar mais baixo em 18 meses, estendendo sua queda, à medida em que investidores mostram nervosismo pelos problemas cada vez maiores da indústria e com a retração geral de ativos mais arriscados continuando.

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Por volta das 18h do horário de Brasília do sábado, o Bitcoin caiu para cerca de US$ 17.749, enquanto o Ether (ETH), operava em torno de US$ 897.

A liquidação no mercado de criptomoedas está em um momento bastante aquecido, enquanto as duas criptomoedas mais populares do mundo caíram mais de 35% na semana passada.

O Bitcoin, maior criptomoeda do mundo, teve uma última queda de 7,3%, para 19.085 dólares, tendo chegado anteriormente a 18.732 dólares, seu patamar mais baixo desde dezembro de 2020.

Neste domingo (19), segundo o CoinDesk, o Bitcoin opera a US$ 19.492, uma alta de 1,73% em relação ao dia anterior; a Ether também sobe, a US$ 1.041, uma alta de 4,18%.

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A cripomoeda caiu 59% este ano, e a sua principal rival, a ether (ETH), apoiada pela Ethereum, caiu 73%. Em 2021, o Bitcoin atingiu um pico de 68.000 dólares.

Uma série de razões pode explicar a queda dos dois criptoativos.

Uma delas é a pressão das forças macroeconômicas, como a inflação e o aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).

As empresas de criptomoedas também estão demitindo seus funcionários em grandes quantidades e alguns nomes mais populares do setor estão entrando em colapso.

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Mas, afinal, o que está acontecendo com as criptomoedas?

O inverno está chegando?

Tudo começou na segunda-feira (13), com os preços das criptomoedas despencando e o Bitcoin caindo até 17%.

Na boa e velha frase da família Stark, da série de filmes e livros “A Canção de Fogo e Gelo” ou Game of Thrones, “o inverno está chegando” — ou, ao menos, nesse caso, é o que parecia estar acontecendo.

Naquele dia, o setor levou um golpe, após a empresa de empréstimos de criptomoedas Celsius congelar saques e transferências entre contas, enquanto algumas empresas de cripto demitiram funcionários e houve relatos de que um hedge fund de criptomoedas havia tido problemas. Foram bloqueados US$ 12 bilhões em criptoativos sob gestão da Celsius

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“Esse risco certamente parece ser apenas o começo”, disse John Todaro, vice-presidente de criptoativos e pesquisa de blockchain da Needham à CNBC. “O que eu diria é do lado descentralizado — muitos desses protocolos DeFi, muitas dessas posições são super garantidas, então você não deve ver a situação de subfinanciamento que pode acontecer com mutuários e credores centralizados. Mas dito isso, você ainda pode ver muitas liquidações com essa garantia sendo vendida nos protocolos DeFi ”, continuou Todaro.

Na terça-feira (14), tudo parecia estar normalizado (ou, pelo menos, “menos pior” do que o caos da segunda). Naquele dia, o Bitcoin flertou com a casa dos US$ 22 mil, enquanto o Ether chegou perto dos US$ 1.100.

No mesmo dia, na onda da Celsius, a Coinbase anunciou a demissão de 1/5 de sua força de trabalho “devido à volatilidade das criptomoedas”.

“Tivemos o recente relatório de inflação que foi divulgado e acho que surpreendeu muitas pessoas”, explicou a presidente e diretora de operações Emilie Choi, segundo a CNBC. “Tivemos Jamie Dimon e outros falando sobre um furacão econômico próximo e, portanto, dado o que está acontecendo na economia, parece a coisa mais prudente a fazer agora”, continuou Choi.

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Recentemente, o Crypto.com anunciou que reduziria sua equipe em 260 pessoas, enquanto a Gemini anunciou que demitiria cerca de 10% de sua força de trabalho.

Para completar o caos e abaixar ainda mais as temperaturas do mercado, na quarta-feira (15), o Fed elevou suas taxas de juros em sua alta mais agressiva desde 1994. Segundo o banco, a alta foi feita “em um esforço para conter a inflação altíssima”. Após o anúncio, as criptomoedas tiveram uma leve alta — mas a esperança durou pouco.

O que levou o Bitcoin a cair para US$ 20 mil na quinta-feira (16), acompanhando o mercado norte-americano. O índice Dow Jones, no mesmo dia, caiu 700 pontos para seu nível mais baixo em mais de um ano.

Na sexta-feira (17) e no sábado, a situação continuou piorando.

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“Tivemos instabilidade financeira por causa dessa alavancagem opaca, você simplesmente não conseguia dizer onde todos esses riscos estavam se acumulando”, disse o CEO e cofundador da Paxos, Charles Cascarilla, à CNBC.

“De certa forma, esta é apenas uma história antiga. Você está emprestando curto e emprestando longo. E acho realmente lamentável que as pessoas tenham perdido dinheiro, e acho que, de certa forma, prejudicará o espaço, porque você perderá alguns adotantes iniciais ou algumas das pessoas que acabaram de entrar no espaço ”, continuou Cascarilla.

Mas, segundo o gráfico de “Net Unrealized Profit/Loss” – que estima o total de lucros/perdas em Bitcoin detidos pelos investidores e não realizados [vendidos] – aponta que mesmo em tempos de recessão do mercado, somente neste mês entramos em fase de capitulação por parte dos investidores.

*Com informações de Reuters

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Editora
Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
tamires.vitorio@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.