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Bitcoin (BTC) está na ‘calmaria antes da tempestade’? Veja o que dizem analistas

23 out 2022, 16:00 - atualizado em 21 out 2022, 9:51
Bitcoin
Bitcoin manteve-se na faixa dos US$ 18,9 mil e US$ 20,3 mil nos últimos 30 dias. (Imagem: Pexels/DS Stories)

Principais criptomoedas em capitalização de mercado, bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) parecem andar de lado nas últimas semanas, sem perdas nem ganhos expressivos.

Esse movimento de preço sutil acontece durante a temporada de resultados de grandes empresas e duas semanas antes de um novo aumento na taxa de juros americana pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).

A baixa volatilidade do bitcoin é notável já há algum tempo. A criptomoeda manteve-se na faixa de preço dos US$ 18,9 mil e US$ 20,3 mil nos últimos 30 dias, e passou a última semana oscilando entre US$ 18,9 mil e US$ 19,9 mil.

Ethereum, a segunda colocada no ranking, também oscilava pouco, mantendo-se entre US$ 1,2 mil e US$ 1,3 mil nos últimos 30 dias. Na última semana, ETH manteve-se na mesma faixa de preço.

Segundo o analista-chefe de criptomoedas da Mercurius Asset, Gabriel Bearl, o atual cenário está “causando uma certa exaustão nos investidores que estão ansiosos para a definição de uma nova tendência de mercado”.

“Historicamente, esses momentos acontecem antes de um grande movimento de mercado”, acrescenta.

Calmaria antes da tempestade?

A atual falta de movimentos de preço expressivos do bitcoin e da ethereum pode ser vista como um tipo de “calmaria antes da tempestade” – sendo esta o novo aumento na taxa de juros americana, estimado para acontecer no início de novembro.

De acordo com o diretor de pesquisa da corretora cripto Mercado Bitcoin, André Franco, “essa calmaria toda é sempre seguida de uma volatilidade muito forte”.

Franco destaca que o cenário macroeconômico ruim junto ao fato de a próxima grande notícia para o mercado ser o aumento na taxa de juros pelo Fed poderão levar as criptomoedas a uma nova queda.

A queda poderá acontecer “principalmente se o discurso do Fed não vier com uma contundência de que o final da inflação chegou”, diz o diretor de pesquisa.

Outros fatores estão influenciando?

Para Franco, não existem outros fatores que explicam a estabilização do bitcoin, ethereum e de outras criptomoedas, mas sim a falta de uma notícia que afete positiva ou negativamente o mercado, além da espera pelo aumento na taxa de juros pelo BC americano.

O analista-chefe de criptomoedas da Mercurius Asset destaca a influência do cenário macroeconômico e relembra o movimento do mercado cripto nos últimos meses.

“Quando observamos a correlação existente entre o mercado cripto e o mercado tradicional, torna-se claro que o cenário macroeconômico tem sido o principal fator que está movimentando os preços dos ativos”, comenta Bearl.

“Nesse sentido, há um pessimismo significativo em relação a isso, tanto pela dificuldade que os Estados Unidos estão enfrentando para estabilizar sua inflação, assim como pelo medo de uma piora no cenário geopolítico envolvendo Rússia e Ucrânia ou até mesmo um início de conflito na China”, acrescenta.

Bearl aponta que, embora seja esperada uma notícia negativa para o mercado cripto, a expectativa do mercado já está abalada e permanece na zona de medo nos últimos 11 meses.

“Com isso, pode ser que uma pequena melhora do mercado já possa ser motivo o suficiente para um alívio em termos de preço por algumas semanas”, diz.

Apesar dessa ponta de esperança, o analista-chefe ressalta ser “essencial ter uma boa tese de investimento e um portfólio resiliente para sobreviver ao momento [atual] do mercado”.

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Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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