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Bitcoin (BTC): tecnologia derivada das ‘memecoins’ vai possibilitar renda passiva na criptomoeda; entenda

02 jun 2023, 15:51 - atualizado em 02 jun 2023, 15:51
Bitcoin Nasdaq Ouro
Proposta é algo extremamente positivo para o desenvolvimento do mercado e disseminação da tecnologia; confira (Imagem: Pixabay/vjkombajn)

Após a explosão das criptomoedas memes na rede do Bitcoin (BTC), que chegaram até a congestionar a blockchain, uma nova tecnologia está sendo proposta pela OKX, uma das maiores corretoras em derivativos do mercado. O padrão chamado de BRC-30 poderia possibilitar o staking, ou a renda passiva, dentro do Bitcoin.

As “memecoins” da rede do Bitcoin, são chamadas de BRC-20, em referência ao padrão dos tokens fungíveis da Ethereum (ETH), o ERC-20. O padrão permite a criação de marcação em um satoshi, a menor unidade de medida do Bitcoin. A partir dessa marcação, tem-se a possibilidade de diferenciá-lo dos demais.

Seria, então, como fazer um desenho único em uma nota de R$ 1. No caso, a marcação não tiraria o valor que a nota de R$ 1 tem dentro da economia nacional. Porém, poderia valorizar o valor intrínseco da cédula na visão de um colecionador.

Entenda como funciona

Assim, dois caminhos foram criados. Primeiro, houve a criação dos Ordinals, que são os NFTs, ou artes digitais na rede Bitcoin. Em seguida, criou-se o padrão BRC-20, que são tokens fungíveis.

Para Lugui Tillier, CCO da Lumx Studios, startup especializada em aplicações e interações com NFTs, a proposta é algo extremamente positivo para o desenvolvimento do mercado e a disseminação da tecnologia da criptomoeda.

“Muita gente comenta que é perda de foco do real propósito do Bitcoin. Mas nunca havia visto um desenvolvimento e interesse na rede tão rápido, ainda mais em um mercado de baixa. Em fevereiro, quando começou a se falar de Ordinals, havia pessoas fazendo trades em planilhas do excel, e com intermediários, justamente pela falta de estrutura. Em maio, já havia tokens fungíveis, e hoje se fala em stake destes fungíveis dentro do Bitcoin”, lembra.

Para Tillier, esse movimento é bom, pois atrai um público mainstream, gerando narrativa e chamando atenção para a tecnologia da criptomoeda. Segundo ele, a capacidade de criar interesse é essencial para a evolução da tecnologia. “Em 2021, não foi a educação financeira que trouxe a atenção para a Ethereum, foram os NFTs. Foram os jogos de ganhar criptomoedas”, conta.

BRC-30 e a renda passiva no Bitcoin

Com isso, a novidade do momento é o BRC-30, derivada dos BRC-20, que serão tokens que buscam permitir a renda passiva no Bitcoin. Renda passiva, no mercado de criptomoedas, é a recompensa gerada por um usuário, ou grupo de usuários, através do esforço de verificar transações na rede.

Atualmente, a maneira de receber renda passiva no Bitcoin é somente por mineração. A mineração é uma atividade que já virou quase industrial, e não é mais qualquer um que é capaz de executá-la ou que tem força (energia) suficiente para exercer a função.

Com o BRC-30, a ideia é implementar o “staking”, mesmo algorítmo de consenso utilizado pela rede Ethereum. Nesse método, é possível que diversos usuários se juntem em forma de vaquinha e coloquem suas criptomoedas em uma “pool” de liquidez.

Nesta grande piscina descentralizada, os usuários recebem recompensas, em forma de criptomoedas. “O BRC-30 é a pontinha da pontinha de algo muito maior que está para acontecer. É mais uma dessas inovações e explorações que começam a surgir agora do Bitcoin derivados de um novo interesse, e um novo ‘sangue’ entrando no rei dos blockchains”, diz Tillier.

Porém, o especialista ressalta que pode haver muito oportunismo também. Afinal, podem aparecer pessoas tentando tirar proveito de quem não entende direito o funcionamento.

“Assim como vimos em 2021 na Ethereum. Vale tomar cuidado, é muita informação. É válido escolher onde dedicar tempo de estudo e em que inovações prestar atenção. Não dá para abraçar o mundo, mas com certeza é um período muito interessante que estamos vendo e provavelmente único na história do Bitcoin”, finaliza o CCO da Lumx Studios.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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