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Bitcoin e a pandemia do coronavírus: a queda de uma geração

13 mar 2020, 14:46 - atualizado em 20 mar 2020, 11:08
Mercados tradicionais e de cripto estão sofrendo as consequências do pânico sobre o coronavírus, agora declarado como uma pandemia (Imagem: Crypto Times)

A Itália está em quarentena nacional e a Organização Mundial da Saúde (OMS) finalmente declarou o coronavírus como uma pandemia. Como resultado, investidores entraram em pânico e mercados acionários caíram conforme investidores correram para garantir dinheiro em espécie.

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Grandes acontecimentos mundiais foram cancelados, como o festival SXSW, e suspensos, como a temporada da NBA, após um jogador ter sido infectado. Trump proibiu viagens a partir de diversos países na Europa e celebridades da telona como Tom Hanks e Rita Wilson testaram positivo.

Como consequência da atmosfera distópica, investidores estão entrando em pânico e os mercados de criptoativos estão seguindo a queda dos mercados acionários no grande êxodo de ativos de risco.

A queda de uma geração

Nas últimas 24 horas, o bitcoin caiu 47%, tornando o dia 12 no pior dia de desempenho da criptomoeda desde 2016, de acordo com o serviço de pesquisas sobre estatísticas de mercado Market Science.

Já que mercados globais começaram a entrar em colapso no dia 20 de fevereiro, agora o bitcoin caiu em quase 50%, o índice S&P 500 caiu mais de 25% e até mesmo ouro, ativo de refúgio tradicional, caiu em 2%. 

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Gráfico da queda de preço do Bitcoin (linha branca), índice S&P 500 (verde) e ouro (linha amarela) (Imagem: TradingView)

A catálise para a queda do bitcoin é a mesma de outras classes de ativos: extrema incerteza sobre o coronavírus resultou em uma fuga para o dinheiro em espécie.

Há apenas algumas semanas, bitcoiners estavam celebrando o status de ativo de refúgio da criptomoeda após o preço ter se movido simultaneamente com ouro como consequência dos conflitos entre Irã e EUA.

Porém, agora, a narrativa de ativo de refúgio parece ter ido por água abaixo e até mesmo a narrativa positiva sobre o halving caiu por terra.

O sentimento de mudança é demonstrado pelas análises do mecanismo Google Trends, em que pesquisas pelo termo “bitcoin coronavírus” agora ultrapassam drasticamente as pesquisas por “bitcoin halving”.

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O volume da venda do bitcoin parece ter sido direcionado por instituições que, provavelmente, estão buscando por liquidez por chamadas de margem em outras classes de ativos.

Conforme destacou o criptoinvestidor Mike Novogratz, nenhum ativo está imune à queda em tempos de crise.

“Quando as coisas vão de ruim a muito ruim assim como na semana passada, investidores derrubam a alavancagem o mais rápido que podem”, tuitou ele. “Eles registraram lucros para compensar pelas outras perdas. Ai.”

Essa ideia é apoiada por outros relatórios de corretoras, que sugerem que negociadores em varejo só totalizam uma pequena proporção dos vendedores.

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72% das ordens na grande corretora varejista Coinbase foram ordens de compra durante a queda, de acordo com Hunter Horsley, CEO da BitWiseInvest.

95% das transações na corretora britânica CoinCorner também eram ordens de compra, de acordo com o CEO Danny Scott.

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Enquanto isso, na BitMEX, corretora usada tanto por negociadores varejistas como institucionais, o preço das trocas perpétuas estava sendo negociado em até 10% menos do que o preço à vista, sugerindo que baleias na corretora estavam derrubando o preço do bitcoin.

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