CBOT

Black Friday da soja puxado por trigo, petróleo e câmbio

29 nov 2019, 15:32 - atualizado em 29 nov 2019, 16:21
Comprados saíram da soja e foram para outras diante da falta de novidades (Imagem: REUTERS)

Das commodities pesadonas negociadas em Chicago, a soja foi a que fechou o último dia de semana em baixa. O milho e o trigo subiram, mas a oleaginosa sofreu ações de várias frentes, apesar de perdas moderadas, até pela falta de sinais positivos nas negociações Estados Unidos e China.

O Black Friday do grão foi em todos vencimentos, com recuos de 2,2 pontos na tela de novembro, a 3,6 nas de janeiro e março (US$ 8,92/bushel)

O maio, também referência para a safra brasileira (como o março) perdeu 3,2 pontos, e fechou em US$ 9,07.

A combinação para a queda da soja juntou, em um pregão mais curto na CBOT, depois do feriado da véspera nos Estados Unidos (Ação de Graças), portanto com menor liquidez, e uma migração de vendidos para o trigo, de acordo com a analista Vlamir Brandalizze. Além de efeitos do câmbio e do petróleo, segundo outros analistas.

“Nevascas sobre as plantações de trigo e potencial quebra de produção”, visualiza o CEO da Brandalizze Consulting.

Traders foram atrás de ganhos imediatos em outras commodities sem novidades da soja.

O cereal subiu mais de 19 pontos no dezembro e mais de 16 no março. E inclusive o milho ganhando mais de 7,5 pontos.

Em paralelo, o reforço do dólar no Brasil e a queda do petróleo (mais de 4% no Brent/Londres e 4,5% no WTI/Estados Unidos), puxaram a soja para baixo, nas avaliações de Adriano Gomes, da Ag Rural, e de Marlos Correa, da InSoy Commodities.

Vale ressaltar, contudo, que o movimento da soja foi influenciado por essas variáveis muito mais pela indefinição quanto a acertos na disputa comercial sino-americanas, reforça o analista da InSoy.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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