Giro do Mercado

Varejistas devem sofrer impacto no próximo trimestre devido a alta do dólar; há impactos para Black Friday?

27 nov 2024, 18:04 - atualizado em 27 nov 2024, 18:04
varejistas promoções
(Imagem: Getty Images/Canva Pro)

As varejistas podem sofrer impactos nos próximos trimestres devido a inflação e à falta de medidas concretas do governo para reduzir despesas, disse Marcelo Ikaro, gerente sênior da Peers Consulting + Technology no Giro do Mercado desta quarta-feira (27).

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“É algo perigoso o dólar nesse patamar”, disse o gerente.

Nas últimas semanas, o dólar à vista atingiu o maior nível desde maio de 2020, no auge da pandemia. No ano, a divisa norte-americana já acumula alta de 20% sobre o real – a moeda emergente com pior desempenho.

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Segundo Ikaro, a alta do dólar impacta não somente as importações mas também os insumos que são utilizados na produção dos produtos que serão revendidos, exigindo que as varejistas reajustem os preços e repassando para o consumidor, impactando diretamente as vendas.

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“Se o frete e o item que o varejista está comprando é reajustado, é muito difícil o varejista não repassar esse valor”, disse.

Haverá impactos na Black Friday?

O gerente sênior explica que ainda que o dólar esteja em alta, os valores não devem impactar significativamente nesta Black Friday, devido aos preços já estarem precificados pelas varejistas.

Ainda sobre os resultados, Ikaro diz que a Black Friday pode trazer número positivos para as varejistas devido ao seu e-commerce forte, exemplificando a Magazine Luiza (MGLU3) que tem investido em empresas de tecnologia e software para aprimorar sua plataforma de marketplace, e focando em categorias com condições comerciais mais favoráveis como eletrodomésticos.

Já para a Lojas Americanas (LAME3) o gerente sênior pondera que apesar de sua recuperação judicial, a empresa apresentou um desempenho positivo em seu último balanço, e que está focando potencializar segmentos onde tradicionalmente não era tão forte, ampliando sua oferta e competitividade.

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No terceiro trimestre, a varejista reportou lucro líquido de R$ 10,3 bilhões, sendo o montante representante de uma reversão do prejuízo de R$ 1,63 bilhão no mesmo período de 2023, número esse reapresentado pela varejista no balanço.

Segundo a companhia, o resultado foi impactado por diversos efeitos decorrentes da execução do Plano de Recuperação Judicial e da quitação das dívidas concursais.

No terceiro trimestre, o resultado financeiro consolidado foi positivo em R$ 14,2 bilhões, atribuído aos descontos das dívidas que estão listadas no Plano de Recuperação.

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Estudante de jornalismo na FAAP, cobre Mercados.
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