Tecnologia

Black Mirror terá nova temporada, mas estes episódios já são bem próximos da realidade

26 abr 2023, 18:42 - atualizado em 26 abr 2023, 18:53
Black Mirror Netflix inteligência artifical
Avanços no campo da inteligência artificial (IA) deixam alguns episódios bem próximos da realidade. (Imagem: Netflix/Reprodução)

A série Black Mirror, produzida pela Netflix, divulgou nesta quarta-feira (26) o  teaser da sua sexta e mais nova temporada, que estreia em junho. Criada por Charlie Brooker, a série busca narrar histórias independentes de distopias tecnológicas, mas, com o avanço no campo da inteligência artificial (IA), alguns episódios já estão bem próximos da realidade.

Entre eles, “San Junípero” ou “Volto Já”, terceira e segunda temporada respectivamente, já estão quase alcançando a veracidade do roteiro por meio de uma tecnologia desenvolvida para ajudar pessoas em luto.

No primeiro episódio citado acima, a consciência da protagonista em estado vegetativo é mandada para um banco de dados, onde quem desejar pode visitá-la quando bem entender.

Já no segundo, uma esposa perde seu marido e experimenta um serviço online que permite que as pessoas contatem falecidos, criando a pessoa digitalmente a partir do material fornecido pelas redes sociais pessoais.

A protagonista se comunica com o seu parceiro por ligações de áudio. Depois, ela acaba recebendo uma versão física do marido feita de carne sintética.

A empresa de inteligência artificial HereAfter, sediada na Califórnia, nos Estados Unidos, construiu um modelo de linguagem generativa e criou um chatbot como o ChatGPT. A diferença é que a ferramenta é treinada a partir de fotos, informações e até voz de seus entes queridos.

A ideia é que, a partir desses dados, o usuário consiga ter uma experiência imersiva com um ente, ou familiar que já faleceu, de maneira a preservar sua memória e ajudar em seu processo de luto.

Em um artigo para um blog do MIT Technology, a escritora Charlotte Jee conta um pouco sobre sua experiência com o serviço. Jee conversou com seus pais, ambos já falecidos, e disse que a experiência foi emocionante.

Isso é muito Black Mirror

Em outro exemplo, no episódio “Queda Livre”, terceira temporada, as pessoas classificam interações realizadas  online e pessoalmente em uma escala de cinco estrelas usando implantes oculares e dispositivos móveis.

Por meio de blockchain e tokenização de sistema de pontos, já existe a possibilidade de monetizar a interação humana e recompensá-la com criptomoedas.

Entre os exemplos estão o Lens Protocol e o Worldcoin, projeto desenvolvido por Sam Altman, criador do ChatGPT. Neste último, um globo ocular escaneia a retina dos usuários e identifica eles em uma plataforma. Nela, é possível a interação econômica global.

No episódio “Versão de testes”, terceira temporada, é contada a história de um personagem que se envolve em um teste de um novo dispositivo com a capacidade de capturar imagens e sons reais por meio de chips implantados na parte de trás de seu pescoço.

A empresa de Elon Musk, Neuralink, está brigando na justiça para começar testes de chips que servem para implantes cerebrais. O objetivo da empresa é curar doenças como o Alzheimer. Entretanto, os jogos de realidade virtual avançam tanto quanto em paralelo.

A Meta, controladora do Facebook, o Google e até a Microsoft estão em uma corrida para acelerar o desenvolvimento de inteligências artificiais que reconhecem o ambiente e objetos físicos.

Por fim, o episódio Metalhead, da quarta temporada, apresenta a narrativa de cães-guardas robóticos que se voltaram contra os humanos, deixando os poucos sobreviventes para se defender sozinhos.

A Dynamic Boston, empresa de robótica, deixa bem visual o quão assustador e real o roteiro do episódio pode ser unindo suas máquinas com uma inteligência artificial avançada.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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