Economia

BNDES retoma conversas para venda de carteira, dizem fontes

23 jul 2020, 13:26 - atualizado em 23 jul 2020, 13:26
BNDES
A Petrobras provavelmente será a primeira candidata, disse uma pessoa. O BNDES detém 8% do capital da empresa, mesmo depois de vender R$ 22 bilhões em ações ordinárias em fevereiro (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

O BNDES retomou conversas para venda de algumas das empresas da carteira de ações do BNDESPar, reiniciando um processo que havia sido interrompido pela pandemia.

O BNDES tem procurado investidores para discutir a venda da participação remanescente na Petrobras (PETR3 PETR4), na fabricante de celulose Suzano, na Klabin e na mineradora Vale (VALE3), disseram três pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas pois as discussões não são públicas.

Não há decisão final tomada sobre as vendas e nem um prazo estipulado.

O BNDES não comenta.

A Petrobras provavelmente será a primeira candidata, disse uma pessoa. O BNDES detém 8% do capital da empresa, mesmo depois de vender R$ 22 bilhões em ações ordinárias em fevereiro, ficando com ações preferenciais. Também possui 6,1% da Vale, 11% da Suzano e 5,2% da Klabin, mostra o site do BNDES.

A estratégia do banco de desenvolvimento seria começar com as empresas que podem ser vendidas em bloco no mercado, disseram as pessoas.

Ativos mais complexos, que exijam processos mais elaborados de follow-on, devem ficar para o um segundo momento. É o caso da participação de 21,3% que o BNDES detém na JBS (JBSS3).

Petrobras
A Petrobras provavelmente será a primeira candidata (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A venda de ativos do BNDES é uma parte essencial da agenda econômica do presidente Jair Bolsonaro, que tem como objetivo reduzir o tamanho do estado.

O novo CEO do banco, Gustavo Montezano, assumiu o cargo no ano passado e vendeu a fatia do banco na Marfrig e parte do que tinha na Petrobras, na maior venda de ações que Brasil já fez em uma década.

A piora de mercado causada pela pandemia do novo coronavírus interrompeu os planos para outras transações, que agora estão de volta na medida em que uma leva de empresas brasileiras tem emplacado transações bem-sucedidas na bolsa. Na semana passada, a Lojas Americanas captou R$ 7,9 bilhões em uma oferta primária de ações.

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