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Bolsonaro e caminhoneiros contrataram inflação com dificuldades de circulação de alimentos

09 set 2021, 13:27 - atualizado em 09 set 2021, 14:27
Movimento de caminhoneiros paralisam transporte de combustível em todo o país (Crédito: Fernando Oliveira/PRF/Divulgação)

A inflação já está contratada pelas dificuldades de chegada e saída de gêneros de primeiras necessidades nas centrais de abastecimento, entre outros agentes do mercado de mercadorias de giro mais rápido, mesmo que a greve dos caminhoneiros acabe até o final de semana.

Na Ceasa de Campinas, como observou Money Times, as filas de chegada de mercadorias na madrugada e na manhã de quinta (9) eram menores do que o normal, pelo menor número de veículos chegando das áreas produtoras.

Na mão inversa, até que a quantidade de veículos de feirantes e pequenos e médios comércio não era muito menor, mas todos os agentes falavam que estavam levando menos produtos que o normal.

E já notaram preços ofertados mais elevados e garantiram que iriam ter que repassar na cadeia, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,87% em agosto – e o grupo alimentos e bebidas  participou com +1,39% -, elevando a inflação, em 12 meses, a 9,68%, a mais alta desde do acumulado desde 2016.

O bloqueio de estradas, em 15 estados até esta manhã – apesar de áudio do presidente Bolsonaro pedindo a volta ao trabalho, embora antes do 7 de setembro ele incitou a paralisação -, já é bem visível nas redes de postos de combustíveis – e distribuirá impacto em muitas atividades econômicas.

No agronegócio o impacto já se espalha em todos os elos de várias cadeias produtivas.

A maioria dos postos só contavam com etanol, que também estava para acabar no começo da tarde, de acordo com várias consultas.

Vários atacadistas do Ceasa campineiro, com abrangência numa região metropolitana de mais de 2 milhões de pessoas, dizem que mesmo que as condições de trabalho se recuperem até segunda, a normalidade levará mais alguns dias, o que certamente estará se reproduzindo em todos os grandes centros urbanos brasileiros.

Mesmo porque amanhã já é sexta e o final de semana não tem operações.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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