Política

Bolsonaro minimiza pedido de impeachment e diz ter apoio da maioria do Congresso

01 jul 2021, 21:30 - atualizado em 01 jul 2021, 21:30
Jair Bolsonaro
Deixo claro que a maioria do Parlamento está perfeitamente sintonizada, me apoiam (Imagem: Facebook/Jair Bolsonaro)

O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta quinta-feira o chamado superpedido de impeachment apresentado contra ele nesta semana e afirmou contar com o apoio da maioria do Congresso Nacional.

“As pessoas realmente não têm o que fazer, em vez de ajudar o Brasil, ficam inventando essas questões para atrapalhar a vida de quem produz”, disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.

“Deixo claro que a maioria do Parlamento está perfeitamente sintonizada, me apoiam.”

Bolsonaro é alvo de mais de 100 pedidos de impeachment apresentados à Câmara dos Deputados, o mais recente entregue na quarta-feira, em um esforço coletivo que reuniu parlamentares e partidos de diversos campos políticos inclusive de direita, entidades e associações, além de movimentos sociais e sindicais.

O superpedido de impeachment, como vem sendo chamado, cita depoimentos à CPI da Covid no Senado denunciando supostos esquemas de corrupção na negociação de vacinas pelo Ministério da Saúde, com o suposto conhecimento de Bolsonaro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe decidir se aceita dar início a um processo de impedimento do presidente, disse mais cedo nesta quinta que não considera haver condição política e materialidade para o andamento de um impeachment de Bolsonaro.

Em sua transmissão nas redes sociais, Bolsonaro voltou a atacar a CPI da Covid, dizendo que o colegiado tem como único objetivo atacar o governo com base em mentiras e já de olho nas eleições de 2022.

O presidente, no entanto, disse ter gostado do depoimento prestado nesta quinta por um cabo da Polícia Militar de Minas Gerais.

Ele procurou envolver o deputado Luís Miranda (DEM-DF) que acusou Bolsonaro de saber de irregularidades em negociações de vacinas em processo de venda de imunizantes ao governo como intermediador.

O policial Luiz Paulo Dominguetti apresentou um áudio de Luís Miranda à CPI alegando tratar-se de negociação de vacinas, veementemente negado pelo parlamentar.

Após a divulgação do áudio por Dominguetti, senadores começaram a duvidar da versão do policial, dizendo não ter ficado claro que a conversa tratava de vacina. A comissão determinou a apreensão do telefone celular do depoente.

Bolsonaro, por outro lado, elogiou a fala. “Hoje foi bonito”, disse, referindo-se à oitiva do policial.

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