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Bolsonaro nega problema de relacionamento com China em suspensão de venda de carne

10 nov 2021, 11:01 - atualizado em 10 nov 2021, 13:03
Jair Bolsonaro
Segundo o presidente, a suspensão da compra de carne brasileira pela China se deu pelos casos de vaca louca, e erroneamente, afirmou que os casos da doença em solo brasileiro ainda não haviam sido confirmados (Imagem: Flickr/Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a suspensão da compra de carne brasileira pela China não foi causada por problema de relacionamento entre ele e o mandatário chinês, Xi Jinping, mas pelos casos de vaca louca detectados no Mato Grosso e Minas Gerais.

“O problema com a China no momento não é relacionamento do presidente Jair Bolsonaro com o presidente Xi Jinping. Não existe isso. O comércio internacional os chefes de Estado, quando cai na esfera dele, ele conduz para vender mais caro e comprar mais barato”, disse Bolsonaro.

“O problema da carne, que tem dezenas de navios parados na China, é que um mês e pouco atrás um funcionário público lá de Minas Gerais falou que tinha um caso de vaca louca. Mas ele falou da boca para fora, sem comprovação nenhuma”, alegou Bolsonaro.

Ao contrário do que disse o presidente, os dois casos da chamada Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) foram confirmados oficialmente pelo Ministério da Agricultura no início de setembro.

O governo brasileiro busca comprovar que não há transmissão da doença no país –daí a designação de “casos atípicos”– para tentar liberar a exportação para os chineses.

As exportações de carne bovina in natura do Brasil despencaram quase 50% em outubro, pressionadas pela suspensão de compras da China, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Na entrevista, Bolsonaro disse que, com a queda na exportação, o preço da carne “começa a cair no supermercado”. Mas de acordo com os dados de inflação divulgados nesta quarta, os preços da carne caíram apenas 0,04% em outubro.

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