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Bradesco (BBDC4): 3 analistas ainda recomendam comprar a ação; entenda o motivo

12 nov 2022, 9:39 - atualizado em 12 nov 2022, 9:39
Bradesco
Três instituições não mudaram o rating de compra do Bradesco, e por um motivo (Imagem: Rafael Borges/Money Times)

Após divulgar resultados surpreendentemente fracos, o Bradesco (BBDC4) sofreu uma onda de corte de recomendação. Diversos bancos e corretoras rebaixaram o papel para “neutro”, enquanto o Credit Suisse foi logo de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”).

Apesar do corte em massa, alguns analistas seguem recomendando comprar a ação do banco. Esse é o caso de Genial Investimentos, Banco Safra e UBS BB, por exemplo.

As três instituições não mudaram o rating de compra do Bradesco, e por um motivo: a ação parece atrativa.

De acordo com a Genial, mesmo com os resultados do terceiro trimestre vindo abaixo das expectativas, o Bradesco ainda é um ativo válido para compra por estar descontado na Bolsa.

Na análise da corretora, a ação deve continuar pressionada. As potenciais quedas seriam, portanto, uma oportunidade para montar posição no papel.

Segundo o Safra, o Bradesco é negociado com múltiplos P/L (preço sobre lucro) e P/VP (preço sobre valor patrimonial) de 6,2 vezes e 1,1 vez, respectivamente, abaixo da média histórica de 10 anos.

“Embora os resultados do terceiro trimestre de 2022 mostrem uma perspectiva difícil de curto prazo, o Bradesco ainda está sendo negociado em um valuation atraente”, defende.

O UBS BB, embora siga com rating de compra para o nome e acredite que a ação não está cara, ressalta que a surpresa negativa dos resultados foi “material” e deve pressionar os papéis no curto prazo.

Os preços-alvo levantados por Genial, Safra e UBS BB são de R$ 24, R$ 28 e R$ 24, respectivamente.

O Bradesco reportou lucro líquido recorrente de R$ 5,2 bilhões no terceiro trimestre do ano, queda de 22,8% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

De acordo com a companhia, os motivos por trás do desempenho foram:

  • margem financeira com mercado, negativamente afetada pelo nível atual da Selic;
  • aumento da PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) Expandida causado pelo cenário de inadimplência; e
  • reforço da PDD complementar e o impacto da deflação do IPCA no resultado financeiro de seguros.

Ao todo, o Bradesco aumentou a provisão total em 3,2%, superior ao crescimento de 1,9% da carteira Bacen, com adicional reforço de cerca de R$ 1 bilhão ou 11,4%.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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