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Bradesco (BBDC4) tem piora em praticamente todos os segmentos, diz BB Investimentos

10 fev 2023, 8:54 - atualizado em 10 fev 2023, 8:57
Bradesco
Trata-se do pior resultado trimestral do banco desde o terceiro trimestre de 2006, quando teve R$ 219 milhões de lucro (Imagem: Adriano Machado/Bloomberg News)

O Bradesco (BBDC4) teve uma escalada significativa nas despesas com provisões, resultante de índices de inadimplência que evidenciam piora em praticamente todos os segmentos, disse o BB Investimentos nesta sexta-feira (10).

Na véspera, o banco informou lucro R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre, no que seria o pior resultado para a instituição desde o terceiro trimestre de 2006, segundo levantamento do TradeMap. As ADRs do Bradesco desabavam 9% no pré-mercado de Nova York. 

O BB Investimentos disse ver maior ímpeto da piora no segmento de Pequenas e Médias Empresas, que se junta ao já pressionado segmento de Pessoas Físicas. Com isso, destacou, formou-se um quadro que mostra deterioração “preocupantemente acima de demais representantes do setor bancário”.

“Até mesmo os anteriormente estáveis índices de atrasos antecedentes (entre 15 e 90 dias) pioraram no trimestre”, disse em relatório assinado por Rafael Reis.

O que esperar do Bradesco

O BB Investimentos reduziu o preço-alvo para os papéis do banco a R$ 15,50 para o final de 2023, o que representa um potencial de valorização de 12,3%. A recomendação é neutra.

No curto prazo, segundo Reis, a pressão da inadimplência, que empurra despesas com provisões, e a contribuição da receita de tesouraria (margem com o mercado) devem continuar pressionando os números do Bradesco ao longo dos próximos trimestres.

“Apesar do banco já sinalizar estar tomando medidas em direção a uma safra de crédito mais salutar, ponto chave para uma descompressão da inadimplência, entendemos que o desafio é grande, dado o perfil de clientes do banco, mais suscetível a ciclos econômicos desfavoráveis”.

O BB Investimentos ponderou que a margem com clientes do Bradesco se expande de maneira forte, a receita de seguridade também acelera, assim como a receita de serviços – que mostra, na avaliação do analista da instituição, boa dinâmica “apesar da desaceleração acentuada da carteira de crédito”.

Ademais, disse, os custos permanecem controlados, crescendo abaixo da inflação.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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