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Bradesco (BDDC4) promete melhora após superar expectativas e ações sobem; o que dizem os analistas?

05 maio 2023, 14:37 - atualizado em 05 maio 2023, 14:37
Bradesco
Poucos pontos positivos foram uma menor perda nos resultados de tesouraria e despesas operacionais “bem contidas”, disse Itaú BBA. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O balanço do primeiro trimestre do Bradesco (BDDC4) mostra que a recuperação do banco aos patamares históricos ainda está longe, disseram analistas nesta sexta-feira (5), destacando que seguem com uma perspectiva “neutra” para as ações.

No entanto, a instituição superou a expectativa do mercado com lucro de R$ 4,28 bilhões e as ações avançavam 3,7% no pregão. Há pouco, o CEO Octavio de Lazari Jr. disse em teleconferência que o banco deve seguir evoluindo com os próximos resultados.

Os analistas Bernardo Guttmann e equipe, da XP Investimentos, destacaram que houve uma melhora da linha NII (resultado de intermediação financeira) com o mercado e pontuaran que o segmento de seguros manteve seu momento positivo.

A Empiricus Investimentos, no entanto, disse em relatório assinado por Larissa Quaresma que o lucro do primeiro trimestre teve influência positiva de um provisionamento menos conservador para inadimplência, que continua subindo, e por uma alíquota de imposto de renda menor. 

Expectativas baixas para Bradesco

Para o BTG Pactual, as expectativas eram baixas, depois de um 2022 “decepcionante” e, com isso, o preço das ações pode continuar a ter algum alívio, avaliou.

Em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe, o banco pontuou que a deterioração dos NPLs implica em pressão sobre os próximos resultados.

“Embora alguém possa argumentar que o pior para o banco provavelmente já passou, os resultados do primeiro trimestre reforçam nossa visão de que uma grande recuperação da lucratividade ainda está muito longe, o que não acreditamos que esteja refletido nas estimativas de consenso”, disse.

Analistas do Itaú BBA destacaram que todas as métricas aparentes de qualidade de crédito se deterioraram “significativamente”. “Os resultados do 1T23 trazem risco negativo para as estimativas do EF23, apesar da orientação inalterada da empresa. As receitas e despesas com provisões seguirão pressionadas”.

Para o banco, segundo relatório assinado por Pedro Leduc e equipe, os poucos pontos positivos foram uma menor perda nos resultados de tesouraria e despesas operacionais “bem contidas”.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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