Camil (CAML3): Bank of America corta preço-alvo da ação, de R$ 11,50 para R$ 10,50

A Camil Alimentos (CAML3) está menos atrativa para novos entrantes, de acordo com o Bank of America. O banco cortou o preço-alvo da ação de R$ 11,50 para R$ 10,50 em 12 meses e reiterou sua recomendação neutra.

Segundo os analistas de renda variável Isabella Simonato e Guilherme Palhares, existem mais riscos e desafios no horizonte da Camil do que oportunidades de ganhos aos investidores.

“A recomendação neutra é consequência do potencial de valorização limitado, risco de execução e o cenário macroeconômico nebuloso”, afirmam.

Nesta terça-feira (26), por volta do meio dia, as ações ordinárias da Camil caíam 2,09%, negociadas a R$ 9,37 cada.

Levando em conta o novo preço-alvo estipulado pelo Bank of America, a ação da Camil tem espaço para valorizar 12% nos próximos 12 meses.

O retorno chega a ser inferior ao prêmio pago pelo Tesouro Selic, um dos investimentos mais seguros no Brasil, que rende 13,25% ao ano e com perspectiva de chegar a 13,75% em agosto, se mantendo nesse patamar pelos próximos 12 meses.

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Oportunidades com café

A entrada da Camil no mercado de café com a aquisição das marcas Café Bom Dia e Seleto pode render oportunidades de ganhos no longo prazo, avalia o Bank of America.

“Os novos negócios devem adicionar quase R$ 1 bilhão em vendas à Camil até 2023, embora boa parte desse movimento já esteja refletido no atual preço das ações”, afirma a dupla de analistas.

Ainda que o setor de alimentos seja essencial, a Camil não escapa dos efeitos macro danosos ao seu modelo de negócios, personificados na elevação da taxa Selic e na disparada dos preços das commodities agrícolas.

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