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Caminhoneiros voltam a falar em greve após Petrobras (PETR4) elevar diesel; confira o risco

17 jun 2022, 14:46 - atualizado em 17 jun 2022, 14:46
Caminhoneiros
Greve volta a ser cogitada entre caminhoneiros após o mais recente reajuste do diesel na ordem de 14,26% pela Petrobras (PETR4). Entenda o caso. (Imagem: Reuters/Diego Vara)

O reajuste nos preços do diesel na ordem de 14,26% executado pela Petrobras (PETR4) causou indigestão na categoria dos caminhoneiros como já era de se imaginar.

A novidade é que a palavra greve voltou a ser ventilada e considerada como uma carta na mesa nesta sexta-feira (17).

Lideranças de movimentos que representam caminhoneiros e outros profissionais autônomos no setor de transportes afirmaram ao Money Times, mais uma vez, sua insatisfação com a atual política de preços da Petrobras.

“A verdade é que de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política de preços da Petrobras o país vai parar novamente. Se não parar por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável”, adverte Wallace Landim, o Chorão, presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores).

Para José Roberto Stringasci, o Zé Roberto, que representa em São Paulo a ANTB (Associação Nacional do Transporte no Brasil Liberdade e Trabalho), é possível que o valor dos combustíveis seja reduzido a R$ 4 o litro sem a necessidade de zerar a cobrança de impostos, como propõe o governo federal.

“Esse reajuste nos combustíveis vai bater em todos os brasileiros. Hoje, eu estou como coordenador da caravana Soberano Brasil, saindo por todo o país conscientizando não só a categoria, mas toda a população sobre os efeitos do PPI da Petrobras“, afirma Stringasci.

O que pode impedir uma greve dos caminhoneiros?

Já deu para notar que a principal crítica dos caminhoneiros é em relação ao Preço de Paridade Internacional (PPI), uma política de preços adotada pela Petrobras em 2016, em plena Era Temer.

Desde então, os reajustes de preços da gasolina e do diesel passaram a ser feitos pela estatal  levando em conta as variações da cotação do petróleo no mercado internacional e, consequentemente, a variação do dólar.

Com advento da guerra entre Rússia e Ucrânia, a commodity acentuou o seu rali de alta em 2022, somado à apreciação do dólar ante o real ao passo que a corrida eleitoral brasileira se aproxima de seu desfecho.

Os caminhoneiros não veem chances de termos combustíveis mais baratos no Brasil enquanto o governo federal não atacar o mal pela raiz.

“O governo precisa mexer na política de preços da Petrobras. As 11 pessoas que formam o conselho da estatal precisam mudar o PPI. Vejo que eles não alteram isso apenas para favorecer os grandes players no setor de transportes”, afirma o representante da ANTB.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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