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Cargas de trigo são liberadas em Santos após lentidão com operação ‘padrão’ de fiscais

07 jan 2022, 15:45 - atualizado em 07 jan 2022, 15:45
Trigo
O problema com o trigo ressaltou dificuldades de alguns setores com a operação “padrão” dos fiscais, uma vez que o movimento está alongando o tempo de análise dos produtos (Imagem: Pixabay)

As cargas de trigo importado no porto de Santos, cuja liberação estava mais lenta devido à operação “padrão” de fiscais agropecuários, receberam aval fitossanitário, e o problema foi resolvido, informou a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) nesta sexta-feira.

A situação envolveu carregamentos de pelo menos dois navios. Uma das cargas desembarcou no dia 2, mas não foi liberada imediatamente em função da operação dos fiscais. Com isso, impediu o descarregamento de outra embarcação.

O Brasil é um dos maiores importadores do cereal, comprando a maior parte de suas necessidades na Argentina.

O problema com o trigo ressaltou dificuldades de alguns setores com a operação “padrão” dos fiscais, uma vez que o movimento está alongando o tempo de análise dos produtos.

Há ainda preocupações no setor de carnes com o desembaraço das mercadorias para exportações devido ao movimento dos fiscais, que atuam nos portos, mas também dentro dos frigoríficos.

Ao anunciar a operação, que começou ao final do ano, o Anffa Sindical, que representa os fiscais agropecuários, havia afirmado que manteria o ritmo normal de trabalho “somente nas atividades que podem afetar diretamente o cidadão”, como a liberação de cargas vivas, a fiscalização de bagagens de passageiros e de animais de estimação.

A operação “padrão” também não atinge a fiscalização de produtos perecíveis e o diagnóstico de doenças e pragas, evitando comprometer programas de erradicação e controle de doenças.

Os fiscais agropecuários, que protestam pela reestruturação da carreira e pela realização de concursos públicos, esperam ser recebidos pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na próxima semana.

À Reuters, o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo de Macedo, disse que é difícil mensurar os impactos do movimento dos fiscais, porque simultaneamente funcionários da Receita Federal também realizam um protesto.

A movimentação das categorias tem como pano de fundo a decisão do presidente Jair Bolsonaro de incluir na peça orçamentária deste ano reajuste apenas para os policiais da esfera federal, PRF e PF.

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